JORGE CARLOS FONSECA: CPLP tem motivos para se orgulhar do percurso

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Chefe de Estado Cabo-verdiano falava na abertura da Cimeira que marca os 22 anos da fundação da organização, em 1996

Vinte e dois anos já se passaram desde a instituição da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, e esta “grande família” tem “sobejos motivos” para se orgulhar do seu percurso e do trabalho feito até aqui.

De acordo com JCF, a Comunidade tem sabido e conseguido trabalhar em diversas frentes, enfrentando os problemas que a aflige. “Mas, também, temos partilhado, com um forte sentido de solidariedade, grandes ‘ativos’ que nos são comuns”, disse.

Na sua comunicação, o PR explicou a opção do lema para a presidência rotativa da CPLP – A Cultura, as Pessoas, os Oceanos – e sublinhou o aspeto da cultura, segundo ele “consequência” da nossa história, do nosso percurso, da vivência em comum, para lá das vicissitudes. “Estamos todos objetiva e historicamente ligados pela história e pela convivência, logo, pela partilha de ideias, valores, costumes e tradições”, vincou.

Mais adiante, JCF focava o aspeto das Pessoas, “o centro de tudo aquilo de aqui iremos falar, discutir, analisar” durante a Cimeira do Sal.

As pessoas, sublinhou, “são a razão de ser de todos os sonhos, de todos os desejos de realização, de aprofundamento das metas definidas e dos objetivos a alcançar”.

Já num tom mais poético, JCF referiu ainda aos Oceanos, a “estrada comum, imensa, onde miramos a linha do horizonte” tendo observado que os Oceanos “unem muito mais do que separam”.

Mobilidade

Tema que ganha maior dimensão nesta Cimeira, a mobilidade esteve presente no discurso do PR de Cabo Verde que sublinhou que, apesar de não ser um tema novo, a questão já vem sendo debatida. Espera-se, entretanto, pode obter “avanços significativos” com a presidência de Cabo Verde que ora se inicia.

“A mobilidade plena no nosso espaço constitui um dos desafios maiores da CPLP”, indicou JCF que admite que essa possibilidade é “difícil” mas no entanto, sublinhou que “o nosso dever é tudo fazer para que um dia possamos livremente deslocar-nos neste espaço que é comum”, desejou.

O Estadista espera que esforços “sejam intensificados” para se conseguir tal meta.

A concluir a sua alocução, JCF recordou Nelson Mandela, o líder Africano e Mundial que precisamente hoje completa 100 anos de nascimento. Uma referência em jeito de homenagem.