JORGE SANTOS: É fundamental a cooperação parlamentar no corredor da Macaronésia

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Posição foi defendida esta segunda-feira, na abertura das IX Jornadas Parlamentares Atlânticas que congrega os parlamentos de Açores, Cabo Verde, Madeira e Canárias

O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, defendeu esta segunda-feira, 18, na ilha de Faial, nos Açores, uma “convergência de interesses” entre as regiões da Macaronésia, baseada no desenvolvimento de relações privilegiadas de cooperação decorrentes da identidade atlântica.

JS discursava na abertura das IX Jornadas Parlamentares Atlânticas, que reúne os parlamentos de Açores, Cabo Verde, Madeira e Canárias, e que decorre este ano na ilha de Faial.

Na sua alocução, o Chefe do parlamento Cabo-verdiano enfatizou os “inegáveis laços” históricos e geográficos existentes entre estes arquipélagos que no seu entender “constituem” territórios de “capital importância” nas relações transatlânticas.

“O nosso posicionamento geopolítico conferiu-nos o estatuto de plataformas naturais na construção e na manutenção da paz e da segurança no atlântico”, considerou.

JS ajuntou que a conjuntura internacional atual requer “atitudes conjuntas” relativamente a questões estruturantes como os transportes e as comunicações, a formação profissional e o ensino superior, a economia com especial ênfase para a economia marítima, a cultura, os direitos humanos e a luta contra a criminalidade organizada no atlântico, a preservação e proteção do meio ambiente para acautelar o avanço negativo das alterações climáticas, bem como o reforço da utilização das tecnologias de informação em prol do desenvolvimento das nossas populações.

Nesse sentido, defendeu que as regiões da Macaronésia devem pautar as suas relações pelo reforço e facilidade da mobilidade de bens, serviços e capitais em sentido recíproco, bem como a securização dos mesmos.

Mais adiante no seu discurso, JS sustentou ser “fundamental” a cooperação parlamentar no corredor da Macaronésia, e advogou que estão criadas as condições “psicológicas e políticas”, para promover a “consolidação e o reforço” da cooperação parlamentar entre os 4 países, “elevando” as relações económicas e comerciais ao nível do nosso diálogo político. “Só assim, estaremos em condições de competir e aproveitar as oportunidades que o cruzamento das rotas entre a Europa, África e Américas, nos proporcionam, neste mundo global”, vaticinou.