Para o Edil, certificar a Ilha do Sal para o mês de julho é uma medida discriminatória do Governo para com a Ilha das Dunas, “a mais afetada” com Covid-19
O Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista mostra-se contra a medida do Governo, que certifica a sua Ilha para a retoma do turismo no mês de setembro, quando no Sal a retoma está apontada para julho.
José Luís Santos admite que esta situação é uma medida discriminatória do destino Boa Vista, Ilha “mais afetada” pela Covid-19 comparado com o Sal que não registou, até à data, qualquer caso da doença.
“Esta medida é, do nosso ponto de vista, uma medida que discrimina negativamente a Ilha da Boa Vista”, reforçou, admitindo que aquele destino regista um impacto “catastrófico” a nível socioeconómico, social, financeiro e demográfico.
José Luís Santos quer que o Governo certifique as duas ilhas no mesmo período, caso contrário, diz, prevê-se o “encerramento” das poucas empresas que ainda “teimam” em não fechar as portas.
O Autarca disse ainda que a Boa Vista precisa de medidas urgentes para “reanimar” a sua economia, para “dar alternativa” à população que está numa fase “muito complicada e desesperante”.
A Boa Vista foi a primeira a ser infetada com o novo coronavírus, tem um total acumulado de 56 casos de Covid-19, atualmente conta com zero caso ativo da doença. Soma também um óbito, e dois evacuados.
A nível nacional há um acumulado de 406 casos de infeção, quatro óbitos e 155 recuperados.
Esta é a razão pela qual os testes de anticorpos de algumas centenas de pessoas (usando o teste fabricado pela Roche porque são 100% precisos) devem ser realizados em TODAS as ilhas que se supõe estarem livres de vírus. Como o turismo é um componente importante da economia, não podemos nos dar ao luxo de não realizar esses testes de anticorpos, nem nos testes que não possuem um alto grau de confiabilidade.
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