JpD quer Ensino recorrente até o 12.º ano

Posição foi hoje reafirmada, ao mesmo tempo que a organização juvenil destacou a importância “inquestionável” da Educação

A JpD voltou a defender o alargamento do ensino recorrente até o 12.º ano, de modo a permitir os jovens que estão fora do serviço convencional de Educação, “continuar os seus estudos”.

O Secretário Geral da JpD, Líver Gomes, deu voz ao repto, assegurando que a JpD vai “continuar a trabalhar” para “melhorar, ainda mais”, a Educação, isto porque acredita “que todos os nossos jovens merecem as melhores oportunidades para aprender e crescer”.

 

Numa conferência de Imprensa, esta manhã, na Cidade da Praia, para abordar o fim de mais um ano letivo, o dirigente juvenil observou ser “importante reconhecer” que, hoje, o ensino é gratuito até ao 12.º ano, “um grande passo” que na sua perspetiva permite a todos os jovens acesso à Educação. “Esse direito universal a uma Educação de qualidade é uma pedra angular da nossa democracia e do princípio da igualdade de oportunidades”, sustentou.

“Temos muito a celebrar este ano”, vincou Liver Gomes, pondo ênfase nas reformas que o Ministério da Educação introduziu e que foram “amplamente aceites” pela comunidade educativa.

“Estas reformas representam um esforço contínuo para garantir uma educação de qualidade e inclusiva para todas e todos”, sublinhou, ao mesmo tempo que reconheceu que a implementação da reforma curricular dos ensinos Básico e Secundário, “assente em um modelo de planeamento estratégico, tem como objetivo garantir uma Educação de qualidade para todos”.

“Com essa iniciativa, estamos trabalhando para reduzir as disparidades nas competências científicas e literárias essenciais para o sucesso no Ensino superior, tanto no País quanto no estrangeiro”, ajuntou.

De seguida, o porta-voz da JpD reconheceu que a aprovação do pacote legislativo que organiza, gerencia e desenvolve o currículo “é outro grande passo” que Cabo Verde conseguiu dar. “ Esta iniciativa (…) permitiu-nos consolidar a revisão curricular do ensino Básico e Secundário, garantindo um ensino universal, obrigatório e gratuito até ao 8.º ano”, assinalou, para de seguida destacar a “nova” política linguística que coloca ênfase no reforço do ensino do Português, além do início do ensino do Inglês e do Francês em idade mais precoce, e a implementação da língua Cabo-verdiana como nova disciplina opcional e experimental a partir do 10.º ano.

“A matemática tornou-se uma disciplina obrigatória em todas as áreas científicas do ensino Secundário e as tecnologias de informação e comunicação passaram a ter um papel mais central, tanto no ensino Básico como no Secundário”, destacou, par da reestruturação do Sistema Nacional de Avaliação das Aprendizagens, que segundo observou visa proporcionar uma “maior consistência” entre o processo de avaliação e as aprendizagens, garantindo uma avaliação “mais justa e eficaz” dos estudantes.