Justiça, imprensa transparente e cultura da liberdade

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Não há dúvida nenhuma de que alguém, ou uma “rede”, quer atingir, por meios pouco recomendáveis, o actual Primeiro-Ministro de Cabo Verde, UCS, e a sua equipa. Está muito claro.

Há, inclusive, uma certa “imprensa” pronta a divulgar, com rapidez inaudita, certos nomes na esfera pública, atingindo os seus alvos políticos bem identificados. Tudo é, depois, “partilhado” entre militantes de serviço sedentos de fofoca e vingança, os instintos mais baixos do ser humano.

É uma campanha de “sentido único”. Tóxica qb.

Mas nunca dizem, por exemplo, falando ainda da célebre VENDA DE TERRENOS na cidade da Praia, que o sr Felisberto Vieira, “Filú”, enquanto Presidente da Câmara Municipal da Praia, em 2000, catorze anos antes de Ulisses, já tinha assinado um MEMORANDO semelhante (abrangendo os terrenos do sr Fernando de Sousa) que agora é a raiz de toda a polémica e, com algum ruído à mistura, a fonte de todas as acusações. Como é do PAICV, não se toca nele!

NÃO posso, jamais, compactuar com isso, com essa perversa dualidade de critérios.

Kant, o grande pensador do Iluminismo, dizia algo essencial: o Homem deve ser sempre tratado COMO UM FIM em si mesmo e não como um meio. Não podemos ser justos e maquiavélicos ao mesmo tempo.

Tem que haver seriedade, tratamento IGUAL para todos e respeito pelas bases fundamentais do Estado de Direito Democrático.

Confiamos plenamente na Justiça cabo-verdiana, feita de acordo com os VALORES constitucionais e no respeito escrupuloso pelo chamado Processo Equitativo.

Precisamos, como explicava Aristóteles, de um governo das leis, e não de um governo dos homens.



6 COMENTÁRIOS

  1. O Casemiro de Pina, desta vez, foi infeliz, pois não conseguiu justificar o conteudo do texto, aparentemente encomendado, para fazer vingar a tese de cabala política, lançada pelo advogado de Arnaldo Silva e retomado dias depois pelo próprio Arnaldo Silva na sua comunicação pública, com claro objetivo de aliviar a condenação social que o caso parece nitidamente merecer dos cidadãos, perante os indícios sobejamente conhecidos. Depois de citar o Aristoteles numa primeira fase, acaba negando-o de seguida, com o esforço de,neste caso, contribuir para se confundir o governo de leis com o governo de homens. Mas porque fingir confiar na justiça se se procura desacredita-lo só porque desta vez o fisgado e indiciado de crimes graves faz parte da nossa rede de amizades e cumplicidades ?! Esperemos a conclusão do processo com respeito, coerência e serenidade, pois até esta fase, os factos parecem ancorados na equidade e justiça já que indícios de crimes são mais do que evidentes e a tentativa de politisar a actuacao do MP soa a desespero de quem se sente encurralado.

    • J.J. Rousseau dizia que comentar textos sob ANONIMATO é coisa de…patifes! Tinha inteira razão o filósofo genebrino e autor do “Contrato Social”.

      Os homens LIVRES não se escondem jamais, como faz o sr “D. Antonio”, atrás de máscaras. Não atacam os outros de CARA TAPADA, assumindo a triste condição de salteadores de esquina.

      O “Antonio” tem medo de quê?

      Porque age dessa forma ignóbil e mesquinha? É inseguro?

      Eu, Casimiro J. L. de Pina, assumo SEMPRE as minhas opiniões, há mais de uma década. Sempre exerci a cidadania com desassombro e liberdade.

      Nunca adoptei a estratégia dos “ratos” do subterrâneo, que só se sentem confortáveis…sob anonimato!

      No meu texto, ao contrário da sua sugestão maldosa, NÃO HÁ rigorosamente nenhuma alusão ao Ministério Público.

      A magistratura fará o seu trabalho com base nos factos e nas leis aplicáveis.

      Conheço o valor do SEGREDO DE JUSTIÇA e respeito, por inteiro, as regras do processo penal e da Constituição democrática, etc..

      Quem fala de fortes “indícios de crimes” – o peixe morre sempre pela boca! – é VOCÊ. O sr Antonio é que está, sim, a entrar nas questões processuais e a antecipar julgamentos na praça pública.

      Da minha parte, trouxe apenas o exemplo do Memorando assinado pelo dr Felisberto Vieira, “Filú”, em 2000. É VERDADE e é um facto muito importante, por mais cortina de fumo que queiram agora lançar.

      Isso mostra que “Filú”, muito ANTES de Ulisses, já tinha feito um Memorando com o senhor colonialista Fernando Sousa, o mau da fita, e com praticamente os mesmos fins que o Memorando assinado em 2014. Toquei na vossa ferida?!

      A opinião pública cabo-verdiana tem que ser correctamente informada e não enganada. Nada de truques.

      Já agora, e ainda sobre a questão dos terrenos, porque não falam da forma escandalosa como certos camaradas do PAICV “adquiriram” vastas parcelas de terrenos nas ilhas do Sal e da Boa Vista? Isso não conta?

      Continuarei, tranquilamente, a emitir as minhas opiniões, escrevendo sobre aquilo que eu quiser, e quando eu quiser.

      Tenho as minhas convicções e nunca as escondi. Estão bem expressas em centenas de artigos, publicados em jornais cabo-verdianos e estrangeiros, ensaios, palestras, comentários e em alguns livros. Outros virão, se Deus quiser, com a mesma energia e qualidade de sempre.

      Acredito que só poderemos edificar um país mais justo com HOMENS LIVRES e não com truculentos, alcoviteiros e cobardes que atacam de cara tapada, com medo da própria sombra.

      Voltando à célebre constatação de Rousseau, diria o seguinte para terminar: o Estado de Direito NÃO se constrói com patifes que só “opinam” sob anonimato, incapazes de assumir os seus actos.

      Não há nenhuma equivalência moral entre cidadãos que orgulhosamente assinam os seus textos e “encapuçados” que fazem fofoca nas obscuras sentinas sociais.

      • Um dos defeitos que te marcam e a propensão para o insulto e a baixeza, sempre que confrontado com as suas contradições. Não te acompanharei nesse lamaçal, pois, os cidadãos que se presem, debatem, confrontam, mesmo quando nenhuma das partes se rende, respeitam-se ! Não é o seu caso e este, é apenas mais um onde na falta de argumentos envereda para a arruaça. Nos que andamos na terra firme e não vivemos de fretes, queremos sim justiça cega. Pelo que se diz, o Felisberto Vieira e o Nana ensaiaram acordos que depois, sem os implementar, arrombaram-nos. Mas caso haja matéria susceptível de intervenção da Justiça, seja com Filú, Ulisses, Oscar, Janira ou outros, jamais apelidarei de cabala política para depois hipocritamente vir dizer que confio na justiça . O brilhante Casimiro, neste caso, apareceu como os outros membros da rede, com uma tese insustentável e bacoco. Esteve num dia mau !
        Como habitualmente sou teu admirador, sugiro-te, para atenuar esses maus momentos, que te esforces um pouco para aumentar de peso ( olha que setembro costuma trazer umas ventanias ), e arranjar uma namorada. Quem sabe, passaras a conviver melhor com a diferença !…

  2. Puro cinismo e pura esperteza saloia!

    NÃO há aqui nenhum “debate”, sr d. Antonio. Só denunciei a sua forma rasteira de agir.

    Eu não faço debates com ENCAPUÇADOS. Se quiser debater a sério tem que tirar a máscara, e assumir a condição de homem livre.

    Saia do esgoto, primeiro!

    Passar bem. Cumprimentos aos seus companheiros de viagem.

  3. Oh Casimiro, definitivamente queres fugir do debate! Percebo, uma vez que o caso não é para menos, mormente para quem se alvora em referência, tanto da moralidade, quanto da elite pensante Caboverdiana. Como é que se pode sustentar uma normal actuacao do sistema de justiça com perseguição política? Perseguição política ao Poder instalado ? Por quem ? Foste simplesmente mais um, e isto incomoda aos que habituaram a ver-te num outro patamar. Quanto aos esgotos e quejandos, deixo para ti, pois, da forma como tens vindo a descer lá chegarás e nessa altura não mais debateremos porque os teus companheiros serão outros ! Mas, aproveite a dica, suba um pouco de peso e aranje uma namoradinha que descobrirás outros prazeres …

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