KJF: Hilário Silva inaugurou Festival que começou na Cidade da Praia

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A 10.ª edição do Kriol Jazz Festival, KJF, arrancou este sábado, 14, na Cidade da Praia, Cabo Verde, com o Zona Kriol, na Várzea, com entrada grátis

A abertura do Zona Kriol esteve a cargo do músico e compositor Hilário Silva que subiu ao palco acompanhado de uma banda formada por Jorge Almeida, N’Du, Vando Pereira, Diego Gomes e Sílvia Medina. O jovem artista brindou o público com temas do seu primeiro trabalho discográfico intitulado “Boas Palavras”.

Hilário Silva que participa pela primeira vez no KJF disse que foi uma honra fazer a abertura do festival. “É uma honra sentir que o meu trabalho está a ser valorizado. Como tinha dito numa entrevista, o KJF é o maior palco que temos no país. Então estar, depois de 1 ano e 2 meses de ter lançado o meu CD, no festival é uma honra. Estou sem palavras. É mais uma ‘injeção’ de adrenalina e auto-estima para fazer próximos trabalhos e continuar a batalhar”.

O músico, natural do Mindelo e que atualmente reside na Capital Cabo-verdiana revelou que está a já trabalhar no próximo trabalho discográfico, tendo já escrito todos os temas. “Vou cantar temas de outros compositores”, avançou, fazendo saber que no próximo disco terá temas do seu pai. “Os meus fãs podem esperar bastante amor neste novo álbum”, garantiu.

De seguida foi a vez, do baixista e cantor Wilson Silva subir ao palco. Esta não é a primeira vez que o neto do ícone do funaná e tocador de gaita, Bitori Nha Bibinha, pisa o palco do festival, mas como cantor é sua estreia.

O artista levou o público ao rubro com o seu estilo reggae. Todavia, foi um outro estilo coladeira “Fidju di Nho Manel” com o qual dividiu o palco com a cantora Elida Almeida, que levou o público ao delírio. “Fidju di Nho Manel’ é a primeira música do meu CD. A Elida gostou do tema e acho que no futuro pretende gravá-lo”, disse Wilson Silva que também partilhou o palco com o primo Osmar Moreira. “Atuar na abertura do KFl foi um dos momentos mais felizes que tive nos últimos anos da minha vida”, disse o baixista que está a trabalhar o primeiro CD.

Pouco mais de 23 horas, a brasileira, radicada em França, Flávia Coelho subiu ao palco, para encerrar o primeiro dia do KJF. Com a sua energia, a cantora e compositora maravilhou o público, que dançou e pulou do início ao fim.

A cantora que tem três discos no mercado brindou os praienses com vários temas, entre os quais “Paraíso”, um tema que usou para descrever Cabo Verde.

Flávia Coelho que também atuou na sexta-feira, 13, no Festival “Nhu Sior du Mundu”, nos Picos, disse que foi uma honra ser convidada para o KJF. “Cada vez que estou em África, sinto-me em casa. O público recebeu-nos com muito carinho. É uma alegria estar aqui”.

A cantora que está em Cabo Verde pela primeira vez disse que a música cabo-verdiana está na sua vida há muito tempo.

“Adoro Cesária Évora, Lura e tivemos a sorte de ter a Elida Almeida aqui connosco. Adoro funaná e escuto a morna. Quero escutar bastante o funaná enquanto estiver aqui”, avançou.

A 10.ª edição do KJF é uma homenagem às míticas bandas Cabo-verdianas “Os Tubarões” e “Bulimundo”.

Com Sapo.