Autoridades anticorrupção Ucranianas anunciaram, esta quinta-feira, 3, a prisão em Kyiv de um oficial das Forças Armadas acusado de ter ajudado recrutas a escapar ao recrutamento militar, em plena invasão Russa
As tentativas de fuga do exército existem na Ucrânia, mas são difíceis de quantificar, pois o fenómeno é um tabu.
De acordo com a lei, homens de 18 a 60 anos podem ser mobilizados a qualquer momento e estão proibidos de sair do território nacional.
O organismo anticorrupção na Ucrânia anunciou hoje que “deteve o chefe de um dos departamentos do quartel-general das forças terrestres do exército ucraniano, que também ocupa o cargo de chefe de um dos departamentos militares da cidade de Kyiv”.
O homem é acusado de ter “organizado um sistema ilegal de passagem pela fronteira ucraniana de pessoas maiores de idade para servirem no exército”, explicou o organismo, na sua conta da rede social Telegram.
Contra o pagamento de 9.100 euros, os homens que pretendessem fugir ao serviço militar recebiam “documentos fictícios atestando a sua inaptidão para o serviço militar”.
“Vários casos de emissão de documentos falsos foram detetados pela polícia”, de acordo com as autoridades ucranianas, que dizem ter detido o suspeito em flagrante delito, quando “entregou documentos a três pessoas concedendo-lhes o direito de deixar a Ucrânia”.
As buscas na sua casa e num centro de recrutamento levaram à apreensão de notas no valor de 48 mil dólares.