Garantia foi dada pelo Presidente de República, Jorge Carlos Fonseca, sublinhando que as três ilhas infetadas serão alvo de uma “avaliação minuciosa” para se poder decidir sobre a prorrogação ou não do estado de emergência, a partir de 3 de maio
O Presidente da República afirmou ontem, numa nota publicada na sua página da rede social Facebook, que não vai prorrogar o estado de emergência nas ilhas sem casos confirmados de Covid-19.
Isto quer dizer que a partir das 00h00 de amanhã, segunda-feira, as ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Sal, Maio, Fogo e Brava terão um “abrandamento e encurtamento das medidas restritivas de direitos, liberdades e garantias”. No entanto, explicou o Chefe de Estado, esse levantamento do estado de emergência nestas 6 ilhas não quer dizer que não se deve tomar cuidados. “Sobretudo, deve manter-se, aperfeiçoar-se e reforçar-se o cumprimento das instruções, diretivas e recomendações de distanciamento social e de higiene e segurança pessoal, condição fundamental e decisiva para que a evolução epidemiológica continue a progredir num sentido positivo”, isso para que não se deite a perder tudo o que, até agora, foi conseguido “nesta luta tremenda contra os efeitos do Covid-19, e não se regresse ao estado de emergência.
O fim do confinamento obrigatório e a possibilidade de reabertura de algumas empresas são algumas das medidas que se aplicam nestas ilhas já na segunda-feira.
Já nas outras três ilhas com registos do novo coronavírus, o Presidente da República não se compromete com o levantamento do estado de emergência, conforme escreveu. “A minha decisão só será tomada após o acompanhamento, nos próximos dias, da evolução da situação epidemiológica em cada uma delas, dos contatos e consultas que continuarei a fazer junto das autoridades da saúde, de técnicos e especialistas, de responsáveis dos respetivos Municípios e de outras entidades públicas e privadas”, pelo que JCF mostra-se cauteloso sustentando que as três ilhas serão alvo de uma “avaliação minuciosa”.
Em Santiago, Boa Vista e São Vicente o estado de emergência termina às 24h00 do dia 2 de maio, mas até lá, ou até ao dia 1 de maio acrescentou o PR, “não terei uma decisão definitiva, designadamente quanto a prorrogar ou não o estado de emergência. Qualquer decisão, agora, seria “prematuro e imprudente”.
O País conta até ao momento com 90 casos confirmados de Covid-19, sendo um na ilha de São Vicente, 37 na ilha de Santiago e 52 na ilha da Boa Vista.