Liberdade, Igualdade e Desenvolvimento

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Há um fenómeno preocupante na sociedade cabo-verdiana.

Resquício do tempo da “outra senhora” e de ideologias caducas e intervencionistas.

Académicos, pseudo-analistas, moralistas de circunstância e quejandos clamam hoje, insistentemente, pela “redução de desigualdades”, etc. e tal, como a grande “causa” do nosso tempo. Dá que pensar! Sempre com a esperteza saloia de Greta Thunberg como referência primária, gritando, nestes dias, em altissonantes microfones internacionais…

Até o famoso J. Stiglitz resolveu entrar nessa alegre contradança! Sem qualquer razão objectiva.

Há um bom par de anos, mediante um ESTUDO meticuloso da questão, que tratei num dos meus LIVROS, cheguei à conclusão de que se trata apenas de uma falácia sedutora. Uma doce ilusão.

O que devemos combater é a POBREZA e não a “desigualdade”. Esta é um subproduto da LIBERDADE. Assim como 2+2=4.

As pessoas atingem resultados desiguais, em todos os sectores da vida social e profissional, precisamente porque são LIVRES e com talentos diferenciados. Porque é que um Lionel Messi ganha muito MAIS que um modesto futebolista do Rio Ave? Porque é bom de bola e faz coisas, incluindo marcar golos bonitos e em grande quantidade, que os outros não conseguem fazer, nem em sonhos.

É esta a incontestável verdade.

Mesmo no plano espiritual e da pura solidariedade, há sempre um santo (ou uma santa) que é mais caridoso do que os outros, logo, desigual. Pensemos em madre Teresa de Calcutá!

Só conseguiremos eliminar este tipo de “desigualdade” PROIBINDO (ou seja, instalando uma pedagógica ditadura!) pessoas como Messi, ou os milionários criativos que inventam produtos como o iPhone e similares. Há, portanto, uma desigualdade aceitável, LÍCITA, que os Estados decentes até promovem.

A única desigualdade intolerável é, no meu entendimento, a desigualdade perante a Lei ou perante o Direito.

Se suprimirmos o talento, tudo estará perdido.

E COMO é que se combate a pobreza, já agora? Promovendo a liberdade e os investimentos. Não há outra via. A história económica dos últimos 4 séculos NÃO consente sequer outra interpretação.

Leiam, volto a repetir, os relatórios anuais da Heritage Foundation.

A prosperidade depende, inquestionavelmente, da liberdade económica, da disciplina orçamental e do Estado de direito, protegendo a propriedade privada, o empreendedorismo e a boa saúde das instituições públicas.

É necessário aquilo que a melhor literatura anglo-saxónica sempre chamou de “governo limitado”. Leiam pf Thomas Sowell, que, por acaso, é preto e um liberal brilhante.

Chega de palpites não fundamentados. Chega de ideologias que só levam ao atraso.

https://www.heritage.org/index/pdf/2019/book/index_2019.pdf

Ps: Em Cabo Verde, durante a “Pirestroika”, para acabar com as “desigualdades”, até se impôs um costume extraordinário, o uso corrente da BALALAICA! Isso define bem a mentalidade do Partido Único. Nada de riqueza e diversidade. TODOS com balalaica!