Língua Cabo-verdiana e Tabanca elevadas a Protrimónios Imaterial Nacional

0

A informação foi avançada pelo Ministro da Cultura durante a apresentação das decisões saídas do último encontro do Conselho de Ministros, realizado ontem, quinta-feira

A Língua Cabo-verdiana e a Tabanca foram elevadas ao Patrimónios Imateriais Nacional. A garantia foi dado pelo Ministro Abraão Vicente, avançando que a sustentar esses dossiês procedeu-se a um longo e enorme trabalho técnico de levantamento e peritagem, feito por uma equipa técnica do IPC.

Quanto à Língua Materna, o governante adiantou que a decisão foi concluída através de um manifesto assinado por oito dos 13 antigos Ministros da Cultura, desde a Independência de Cabo Verde, dos quais cinco não atribuíram a sua assinatura. Isto marca, considera o Ministro, um passo importante na valorização da Língua Cabo-verdiana como uma peça fundamental no dossiê da candidatura Morna a Património Imaterial da Humanidade, fazendo com que a Morna tenha duas peças que já são consideradas Património Nacional. “Isto tudo traduz-se num processo que reconhece o direito de aprendizagem formal dos falantes da língua Cabo-verdiana e tem como objetivo promover o inventário nacional da língua Cabo-verdiana que está em curso, promover a criação de um centro de estudos da língua materna, promover cursos de aprendizagem, da literatura”, entre outros.

Em relação à Tabanca, Abraão Vicente afirmou que decidiu-se que depois da Morna e do São João, seria o terceiro género a ser elevado, com um vasto dossiê feito e um extenso trabalho das equipas técnicas. Adiantou que correspondem a um investimento acima dos três mil contos por cada uma das classificações, com dossiês compostas por perto de 1.000 páginas, acompanhado de um plano de salvaguarda, que implica o reconhecimento.