Depois de quase um ano e meio de mandato, o senhor Francisco Carvalho, eleito para trabalhar, chama a comunicação social e mostra o fruto do seu trabalho: uma lista de desafios que a Praia tem ainda.
E trabalho concreto feito nesse ano e meio literalmente, nada. Inaugurou obras deixadas quase prontas e outras prontas, caso do campo relvado de S. Pedro, infraestrutura que ficou um ano fechado, privando os jovens de usufruírem desse excelente espaço público desportivo só para fintar os mais desatentos, digo fintar, pois, um campo relvado nessa zona não passa despercebido a ninguém.
Aproveita para elogiar e inaugurar o Centro Comercial LG em Achada de S Filipe, quando meses antes tinha chamado aos empresários que têm investido na capital de desonestos, corruptos etc, numa atitude que por si, define a personalidade ruim desse senhor, que, num vai vem sem precedentes, mostra-se um ser sem caráter desorientado e porque não, ele sim, desonesto.
Perde a maioria na Câmara, ao expulsar os seus próprios vereadores, eleitos juntamente com ele, na mesma lista e pelos mesmos praienses, condição essencial para uma governação local, chamando-os de corruptos em conferência de imprensa, sem nunca apresentar provas e pior, sem levar esses potenciais corruptos a tribunal numa verborreia populista e cansativa.
Em minoria na Câmara, inventa nova estratégia para conseguir a maioria na Assembleia Municipal:
⁃ Dá voto de qualidade ao Presidente da Assembleia Municipal, quando há empate nas votações nesse órgão;
⁃ Assume-se também “Presidente” desse mesmo órgão, quando contradiz a Presidenta eleita, numa sessão em que esta dá indicações para uma nova contagem de votos, que não se realiza por oposição e determinação do Presidente da Câmara ferindo de morte a legislação autárquica.
⁃ Pública no Boletim Oficial orçamentos que não foram aprovados na Assembleia Municipal porque pensa e acha-se senhor todo poderoso, imitando os ditadores de países onde esse sistema é legal, estamos a falar por exemplo de Cuba, Coreia do Norte.
⁃ Paralisa obras estruturantes da Praia, sempre com o mesmo argumento: verborreia de corrupção, a anterior equipa camarária é corrupta, os empresários que trabalharam em obras da câmara são todos corruptos, o seu ex-vereador também é corrupto, os técnicos que trabalham na câmara e que não foram corridos, ficam na prateleira porque “simplesmente não confio neles” palavras do Francisco Carvalho e seus colaboradores próximos.
Mas o que dá direito a que um senhor com esse perfil, que não fez ainda nada para a sua cidade a não ser um levantamento do que a Praia precisa, trabalho que devia fazer antes das eleições, em ir para a comunicação social e fazer esse papelão e pior, não ser questionado? Será que é esse o jornalismo que queremos e que CV necessita?
O que vejo no mundo democrático é jornalistas a questionarem os dirigentes públicos, a investigarem para poderem estar dentro do assunto do seu trabalho e prestarem informações fidedignas e úteis ás pessoas que consomem essas informações.
Ou será que há pessoas que são questionáveis e outras não?
Um eleito que está no poder há quase um ano e meio e que só fala, pior, de contradição em contradição, não deve explicar o que se passa? A Praia está parada. Uma cidade que há bem pouco tempo era seguido por muitas outras, requalificação urbana que dava emprego a milhares de pessoas, espaços desportivos, fitnesses, espetáculos de qualidade a todos os níveis hoje está a desaparecer e a tornar-se uma sombra de si própria.
Até quando?
Tober