“Maior arena do artesanato e design de Cabo Verde” abre portas no Mindelo

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É a 7.ª edição da URDI que prossegue até domingo, dia 4, na Praça Amílcar Cabral, no Mindelo

A URDI 2022 decorre sob o signo da “Tradição Oral – Cultura Imaterial”, com a preservação de um dos bens culturais mais caros da Cabo-verdianidade, a oralidade, que tem como suporte a língua Cabo-verdiana.

“Com todos os seus saberes, todos os seus sotaques, todas as suas Ilhas”, referiu Abraão Vicente ao inaugurar, ontem o certame perante uma plateia diversificada, onde para além de artistas e criadores esteve presente o povo de São Vicente, e não só.

O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas após o espetáculo de abertura, referiu ter sido “bonito” ouvir as cantoras e a banda “em sotaques que provavelmente muitos pensariam não ter existido”.

A memória, ajuntou, fica porque o património fica, porque temos portadores de património imaterial. “São esses portadores que quisemos dignificar, com a construção e edificação do edifício que é um farol para o futuro. A língua Cabo-verdiana é sem dúvida a construção máxima do povo Cabo-verdiano”, acentuou.

“Há 7 anos prometíamos, de forma utópica, a construção e reabilitação de uma nova centralidade, um novo farol para a cultura e as indústrias criativas em Mindelo. A verdade é que conseguimos”, frisou, para de seguida recordar os fundadores do Centro Nacional de Artes.

Após cortar a fita, a URDI permanece até domingo, não só na Praça Amílcar Cabral mas a dinâmica se espalha pela “morada”.

“A feira está aberta a todos os visitantes, mas a dinâmica é espalhada um pouco pela morada, com exposições, premiações, conversas à volta da arte, da cultura, do artesanato e, este ano, da nossa oralidade”, vincou o Ministro.