Junta militar no poder no Mali anunciou nesta segunda-feira, 25, o adiamento das eleições presidenciais marcadas para fevereiro de 2024, que deveriam permitir o regresso dos civis à liderança do País
Este é um novo adiamento por parte dos militares em relação aos compromissos assumidos, sob a pressão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) com vista a uma transferência de poder.
As datas inicialmente fixadas para 4 e 18 de fevereiro de 2024, para as duas voltas das eleições “serão ligeiramente adiadas por razões técnicas”, disse o porta-voz do Governo, coronel Abdoulaye Maïga, num comunicado lido aos jornalistas em Bamako.
As autoridades citam entre outras “razões técnicas”, fatores ligados à adoção, em 2023, de uma nova Constituição e à revisão das listas eleitorais, mas também um litígio com uma empresa francesa, Idemia, envolvida, segundo estas, no processo a nível dos censos.
“As novas datas das eleições presidenciais serão objeto de comunicado de imprensa posteriormente”, afirmou o Governo.
As autoridades rejeitam também a possibilidade de realizarem eleições legislativas antes das presidenciais, inicialmente previstas para o final de 2023.
O Governo “decide organizar, exclusivamente, as eleições presidenciais para sair da transição. As restantes eleições serão certamente objeto de outro cronograma (calendário), que será estabelecido pelas novas autoridades, sob as diretivas do novo Presidente da República”, afirma-se no comunicado de imprensa.