Anúncio foi feito hoje através de um comunicado conjunto
Os regimes militares dominantes no Burkina Faso, no Mali e no Níger decidiram retirar os seus países, com efeitos imediatos, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, uma organização sub-regional de 15 membros, anunciaram este domingo, 28, em um comunicado de Imprensa conjunto.
Os respetivos líderes dos três Estados do Sahel, “assumindo todas as suas responsabilidades face à história e respondendo às expetativas, preocupações e aspirações das suas populações, decidem com total soberania a retirada imediata do Burkina Faso, do Mali e do Níger da União Económica Comunidade dos Estados da África Ocidental”, afirmou a declaração lida nos meios de comunicação estatais destes países.
Os três países, confrontados com problemas semelhantes de insegurança, jihadismo e pobreza, têm tido relações tensas com a CEDEAO desde que os militares tomaram o poder pela força, em 2020 no Mali, em 2022 no Burkina Faso e em 2023 no Níger.
A CEDEAO está a tentar conter os ataques e pressionar para que os civis regressem ao poder o mais rapidamente possível. Aplicou pesadas sanções contra o Mali e o Níger e chegou ao ponto de ameaçar usar a força neste último país. Suspendeu os três países dos seus órgãos.