Manifestação em Angola acaba em “massacre”

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Número exato de mortos permanece ainda por determinar. Amnistia Internacional já confirmou a morte de 10 pessoas, mas o principal partido da oposição garante que o número de vítimas é pelo menos o dobro

A Igreja Católica, a oposição Angolana e várias organizações de defesa dos direitos humanos condenaram o que dizem ser o “massacre” que marcou o último fim de semana, no norte de Angola. Várias pessoas foram mortas pelas forças de segurança durante a repressão de uma manifestação na província de Luanda Norte.

Cadáveres arrastados pelo chão, corpos ensanguentados, feridos graves torturados pela polícia.

A polícia fala em ato de rebelião e acusa os manifestantes de terem tentado invadir uma esquadra. Quem organizou a ação de protesto tem uma versão diferente da história: garante que as forças Angolanas dispararam indiscriminadamente contra manifestantes desarmados e lembra que o protesto pacífico estava marcado há pelo menos um mês.

O número exato de mortos permanece ainda por determinar. A Amnistia Internacional já confirmou a morte de 10 pessoas, mas o principal partido da oposição garante que o número de vítimas é pelo menos o dobro. Em comunicado, o grupo parlamentar da UNITA fala em “assassinato bárbaro” de 21 civis e exige a punição dos responsáveis.

Já o Governo de Luanda insiste que se tratou de um ato de insurreição e elogia a ação dos agentes. Diz ainda que a polícia não fez mais do que manter a ordem.

Com SIC