“Masculinidade Positiva e Responsabilidade Paterna” debatido na Praia

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Ciclo de debates traz ao de cima temas ligados às mulheres e à natureza. Evento é promovido pelo Movimento Eco-Feminismo Cabo Verde

O Movimento Eco-Feminismo Cabo Verde promoveu esta quinta-feira, a 7.ª sessão de ciclo de debates, sobre a “Masculinidade Positiva e Responsabilidade Paterna”. O objetivo é mostrar ao público a sua importância, já que cerca de 50% das famílias são monoparentais e chefiadas por mulheres.

Segundo a painelista Chissana Magalhães, Jornalista e escritora, existem “masculinidades”, “masculinidade positiva, frágil, tóxica”, e que ela é uma construção social. A Jornalista enfatiza ainda a questão que este é um dos padrões tanto para o homem como para a mulher.

Já Francisco Tavares, Presidente da Verdfam, aprofundou mais na paternidade dizendo que esta é “um valor social eminente” o que acaba por modificar um pai, o que lhe “dá sentido há vida”, num País que se encontra neste momento na segunda fase em termos demográficos, mortalidade e maternidade reduzida e a “esperança de vida aumentada”.

De acordo com Francisco Tavares, neste momento “as crianças são pérolas” de Cabo Verde, e esta precisa aproveitar a “oportunidade demográfica” para sair do “País em desenvolvimento” antes que se chegue na terceira fase em que nascerão cada vez menos crianças e a Sociedade passa a ser maioria da terceira idade.

Em relação aos estudos feitos, Edmilson Furtado, mais conhecido por Edyoung, ativista social, apela que seja feita mais estudos estatísticos qualitativos do que somente quantitativos para saber realmente “quantas crianças vivem sem a presença do pai”. Que deveriam ser criadas condições para incluir situações “paralelas”, “de um pai que esteve longe, mas não ausente”.

A universitária Nádia Bettencort, estudante de psicologia social realça o fato de uma paternidade com responsabilidade acabar por “ajudar em diferentes dimensões os pais e os filhos”. E principalmente contribuir para uma sociedade mais equilibrada.