Medidas económicas do Governo já estão a produzir impactos – vice PM

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Olavo Correia fez essa declaração, durante uma conferência de imprensa para apresentar as medidas de reforço do Estado para o combate à pandemia em Cabo Verde

As medidas económicas apresentadas pelo Governo já estão a ter impacto no “mundo” empresarial, em Cabo Verde. É que acordo com o vice Primeiro-Ministro, o Governo já recebeu pedidos de um milhão de contos de financiamento para cerca de 500 empresas, uma avaliação positiva. Todavia, o vice PM apela a todas as empresas, que precisarem de liquidez para se dirigirem aos seus bancos, porque há 4 milhões de contos da linha de financiamento disponíveis e mediante necessidade, acrescenta o Governo poderá aumentar o valor. “Já pedimos aos bancos para serem mais céleres possíveis”, adiantou.

O governante avançou que já receberam mais de 8 mil pedidos de suspensão de contratos de trabalho, “o que significa que as empresas estão a aderir ao programa, o que é bom”.

Conforme adiantou, estão a analisar os pedidos para dar uma resposta o mais breve possível.

No entanto, esses pedidos, por enquanto, recaem sobre as empresas privadas, porque Olavo Correia deixou claro, “suspensão de contrato de trabalho tem que ser o último recurso” no setor público, e só pode ser utilizado com um aval do Estado.

Quanto às medidas já anunciadas hoje, o também Ministro das Finanças sublinhou que foi aprovado no Conselho de Ministros a prorrogação de moratória aos Municípios, uma decisão saída do encontro entre o Primeiro-Ministro e os Autarcas l, via videoconferência, na passada quinta-feira, o qual OPAÍS.cv já tinha noticiado.

O Governo decidiu também prolongar o prazo de resolução automático de contratos que era de 15 dias para 60 dias, mas para contratos que estão em vigor até 30 de setembro do corrente ano, ou seja, “todos aqueles que têm o contrato de seguro vão ter esse prazo para proceder ao pagamento para além do que já se encontrava estabelecido”, precisou.

Uma outra medida anunciada nessa conferência de imprensa, em que Olavo Correia fez-se acompanhar do Presidente da Pró-Empresa, Pedro Barros, tem que ver com o acesso aos incentivos de financiamento, concedendo ao Ministro das Finanças poderes para, por resolução, ir ajustando essas restrições para poder permitir que um número máximo de empresas possam ter acessos aos incentivos que estão a ser colocados à disposição das mesmas, nesta fase.

De recordar que o Governo “desde a primeira hora” com espírito de “abertura e complementaridade”, vem tomando uma série de medidas emanadas entre outros, em sintonia com o Conselho de Concertação Social e com os demais parceiros-chave, como o sistema bancário, no sentido de, além de proteger as pessoas, salvaguardar igualmente os seus empregos e rendimentos.

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