Depois de dez horas de maratona negocial, o Conselho Europeu reuniu consenso sobre o dossiê das migrações
Os líderes da União Europeia chegaram a acordo, esta madrugada, sobre a política de migrações. As conversações demoraram dez horas devido às reservas apresentadas por Itália.
O Conselho Europeu reforçou a necessidade controlar o fluxo de migração ilegal que se acentuou a partir de 2015, com maior controlo das fronteiras externas da UE.
Os líderes concordam em criar em território comunitário centros para acolher migrantes resgatados em águas europeias. Nesses espaços será feita a distinção entre aqueles que são migrantes económicos, e que por isso devem regressar aos países de origem, e os que precisam de proteção internacional. Esses poderão requerer asilo na União Europeia, sendo depois distribuídos pelos países que os aceitem de forma voluntária.
Outra novidade é a criação de plataformas regionais de desembarque, fora da Europa, para onde serão levados os migrantes resgatados no mar. Estas plataformas serão criadas em estreita colaboração com países terceiros, bem como com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados e a Organização Internacional para as Migrações. Deverão localizar-se no norte de África, nomeadamente na Líbia e na Tunísia.
Os 28 concordaram ainda em reforçar as fronteiras externas da UE e aumentar o financiamento à Turquia, Marrocos e outros países do norte de África para travar a migração para a Europa.