Milho de Cabo Verde produzido nos EUA

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Não digam nada, se um dia os caboverdeanos da diáspora começarem a exportar milho e outros produtos para Cabo Verde.

Caboverdeano é um povo que não deixa os seus créditos em mãos alheias. Trouxeram para os EUA da América sementes de milho (duro) de Cabo Verde e todos os anos fazem a sementeira e produzem milho e vários outros produtos agrícolas para venderem. Como sabem, eu sou um meio-rural (produto de Praia e de Santa Catarina de Santiago) e neste momento, vou aproveitar e saborear umas espigas de milho da minha terra, mas produzidas pelos caboverdeanos aqui na terra dos americanos.

Queixo apenas de um certo oportunismo das nossas gentes: antes vendiam 3 espigas por 1 dólar. Agora, é 1 espiga, 1 dólar. Dizem: “é taco a taco”!

Perguntei-lhes a razão da subida triplicada do preço de milho e responderam-me: “TELEFONE O SENHOR PUTIN E A RÚSSIA e pergunta-lhes a razão da subida do preço?”!

É melhor saborear o meu milho verde, que parece estar uma maravilha.

Sei também que em Portugal os emigrantes caboverdeanos fazem a sementeira do milho e de outros produtos de nossa terra.

A sabedoria e os expedientes criativos dos caboverdeanos estão espalhados por quase todos os cantos do planeta. Só não querem é ir viver na Rússia! Neste país, não há presença de comunidades da diáspora caboverdeana. E as razões disso não são difíceis de serem encontradas. Deus sabe por que razão não deu riquezas a Cabo Verde… imaginem Cabo Verde com as riquezas de Angola?



10 COMENTÁRIOS

  1. Um aditamento se me permite amigo Maika:
    Cabo Verde tem riquezas de sobra;
    O Caboverdiano/a e um Povo, trabalhador e orgulhoso
    A grande miseria de Cabo Verde reside nos politicos,
    – quando estao na oposicao tem fantasias, ambicao e paraiso
    – quando estao no poder tem miseria na cabeca e inferno

    Cumprimentos e obrigado pelo milho de Cabo Verde que, e sem duvido da melhor qualidade.

    • Faço minhas as suas palavras. Não existe na face da terra país mais rico que Cabo Verde. Precisamos apenas acertar uns pontos, colocar o sistema a funcionar sem paixões politicas e dar o salto qualitativo.

    • Os políticos são a origem de todos os problemas , em todos os países o povo tem sempre o mesmo culpado ( o Governo, os políticos, ) , sugiro que ao invés de procurarmos os culpados melhor seria buscarmos soluções talvez as pequenas ações de cada um de nós poderá trazer mudanças comportamentais na próxima geração que possivelmente incluirá novos políticos , quem sabe poderá ser até os vossos netos ou bisnetos !??’.

    • Cabo Verde é rico em quê? Deveríamos era agradecer os políticos que fazem milagres em governar um país que não chove, não tem ouro , nem petroleo, nem diamante , a não ser pedra sobre pedra.

  2. Bem, temos de compreender a vontade de escrever. Mas, os leitores devem saber que não há duas sementes de milho iguais, já que a fecundação é cruzada. A semente pura obtém se nos campos de investigação para a fixação de variedades de milho. Aqui a fecundação é orientará e a inflorescência ( flor de milho ) é isolada. Há muitos anos , em Cabo Verde importamos variedades melhoradas de milho , com ciclo curto, da África do Sul. Serviu apenas uma vez. Já os grãos obtidos e semeados já tinham características ligeiramente diferentes e foram se degradando com o andar dos anos até ser igual as sementes do milho tradicional. Mas, o autor, quis mostrar como o milho está presente no dia a dia do cabo verdiano e na sua maneira de estar. Não é uma crítica ao autor. O milho é originário do México.

    • Interessante, não sabia disso de importação de milho da África do Sul! Gostei do texto

      Vi umas variedades de milho coloridas dos países da América do Sul-todas as cores-gostaria de saber se poderíamos importar e semear estas variedades aqui em Cabo Verde. Obrigada pelo texto

  3. Tem muitos caboverdianos no Brasil….. Na Bahia, chamam as meninas mestiças de longos cabelos, de “mulatas cabo verde….”

  4. Interessante essa descrição do Advogado Lobo. Precisa conhecer a história de alguns santiaguense em França, na década de 80 (Santa Catarina e Tarrafal, sobretudo), que ‘desputavam’ campos de milho ???, mas, curioso, com demarcação… como no tempo dos morgados, em Cabo Verde ?.

    Sobre a origem do milho é preciso alguma investigação, sem achismos e basofaria.

    Depois de ter degustado a Cachupa, com nome de Mugunzá, numa comunidade indígena na Serra do Evaristo na região do nordeste do Brasil nos finais do século XX, um povo cujos ancestrais não se comparam com uma nação recente, muito recente, constituída por uma raça chamada caboverdianos, deixei de vangloriar a Cachupa como prato original das ilhas achadas recentemente no meio do atlântico.

  5. ?? …. mas um país tem sempre os políticos que merece; colocar a culpa neles é um pouco hipócrita e … a verdadeira riqueza de um país não se encontra no seu sub-solo mas na cabecinha de seus habitantes?

  6. Antes de mais devo informar o Senhor Maika Lobo que os Estados Unidos da América são o primeiro-ministro segundo produtor de milho do Mundo, juntamente com o Brasil e exporta milho para Cabo Verde desde há muitas décadas. O tal milho de to a que se refere tem de ser produzido em climas mais secos. Não acredito que seja produzido nos USA.
    Cara Elsa de Jesus Furtado.
    Em Cabo Verde já tivemos especialistas na produção de sementes selecionadas de milho em São Jorge dos Órgãos . Se esse projecto não tivesse sfo abandonado pelo PAICV em 2093, poderíamos ter as variedades de milho a que se refere. Depois de subir ao poder em 2091 e na sanha de destruir tudo de bom que o MPD fez na década de noventa, o Ministro Mario Matas mandou fechar a estação de produção de sementes, o projecto de fomento da produção de banana, a chuva artificial, o reordenamento das bacias hidrográficas, etc. Depois não fez nada. Foi o pior período da agricultura em Cabo Verde. Mas, a actual Governo não relançou nenhum destes projectos.

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