O Exército brasileiro anunciou hoje a detenção de dez militares envolvidos nos disparos sobre um carro de família durante uma ação que deixou um morto no bairro de Guadalupe, na Cidade do Rio de janeiro, neste domingo
O Comando Militar do Leste, CML, já havia informado que o caso está em investigação pela Polícia Judiciária Militar, com a supervisão do Ministério Público Militar. Os militares que disparam sobre o carro alegaram ter confundido o veículo com um outro que era dirigido por criminosos.
O carro onde estava o músico Evaldo dos Santos Rosa e a família foi fuzilado com mais de 80 tiros. A Polícia Civil diz que “tudo indica” que o veículo foi confundido com o de criminosos.
Em um boletim de ocorrência registado na 30ª DP, Marechal Hermes, um motorista conta que foi assaltado por cinco homens em um sedã branco por volta das 14h, meia hora antes do incidente, na própria Estrada do Camboatá, perto do Piscinão de Deodoro.
Os militares foram ouvidos na Delegacia de Polícia Judiciária Militar. O caso é investigado pelo Exército devido a uma lei sancionada em 2017 pelo então Presidente Michel Temer. Inicialmente, o CML informou que os agentes tinham respondido a “injusta agressão” de criminosos. Na manhã desta segunda, o CML disse que identificou “inconsistências” entre os fatos reportados pelos militares e informou que os agentes acabaram afastados.
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