Mina Oliveira recusa acusação da PN

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Jovem promete lutar para comprovar que “não é bandida”. Diz mesmo que a Polícia está a faltar à verdade

É a posição oficial da jovem Mina Oliveira, que no passado sábado, 19, viu-se detida pela Polícia Nacional, após um incidente nas imediações da Praça dos Espargos, na Ilha do Sal.

Ouvida há instantes pelo OPAÍS.cv, Mina nega a acusação da PN contra ela e diz que aquela autoridade está a faltar à verdade, trazendo fatos que não ocorreram naquela noite.

Segundo nos disse, a PN está a acusá-la de desobediência à autoridade e injúria agravada”, mas nega qualquer ação pejorativa ou negativa contra o agente que a deteve ou contra a Instituição. Apenas, diz ela, disse ao agente que “não sou bandida” e que “sou sobrinha de Jorge Carlos Fonseca”, o Presidente da República.

Mina que apenas vai ser ouvida pelo Ministério Público no dia 7 de janeiro – e não hoje como se chegou a noticiar – promete lutar para comprovar que “não é bandida”.

Quanto aos fatos, e tal como já tínhamos noticiado, tudo aconteceu no sábado, perto da meia-noite, quando a jovem, seu namorado e outras duas pessoas foram abordadas por um agente que a quis revistar, aparentemente sem qualquer acusação. Mina pediu que fosse uma agente a revistá-la e não o polícia, este indignou-se, exaltou e arremessou-a.

Já na Esquadra para onde foi levada, Mina confirma que foi revistada por uma agente que não a encontrou com nada ilegal. Confirma que esteve numa cela até por volta das 13 horas de ontem, domingo, e que por momentos teve um ataque de “asma e de pânico”. Os agentes presentes demoraram a prestar-lhe socorro e até gozaram com ela. Mais tarde foi levada à Urgência, no Hospital Regional do Sal, nos Espargos.

Apenas conseguiu sair ontem porque contou com apoio de dois advogados que foram ao seu auxílio na Esquadra. Entretanto, a audição que deveria ocorrer esta manhã ficou adiada para 7 de janeiro, e Mina Oliveira promete lutar com todas as suas forças para provar sua inocência e o abuso do agente que a deteve.

Ela garante que “muitas pessoas” testemunharam no largo da Praça o ocorrido e que podem testemunhar se por algum momento faltou ao respeito ao agente da PN.

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