Ministério Público pede máximo de 18 anos de condenação na Operação ESER

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Ministério Público pede 18 anos de prisão para o Capitão, 15 e 13 anos para os restantes tripulantes. A defesa pede absolvição dos arguidos porque não têm culpa e “agiram sob ameaça”

O julgamento do caso da maior apreensão de drogas em Cabo Verde, terminou na última sexta-feira, 31, e o Ministério Público, MP, pediu um máximo de 18 anos de prisão para o Capitão do navio, que transportava cerca de 10 toneladas de cocaína, 15 para os tripulantes de forma hierárquica e 13 para os restantes marinheiros.

O MP considera que todos os tripulantes são culpados, uma vez que não restam dúvidas que todos os arguidos agiram com má-fé. O MP afirma ainda que não é compreensível que os marinheiros experientes aceitam qualquer tipo de trabalho sem saber que tipo de carga iriam transportar ou o trajeto do barco, e ainda mais quando o GPS da embarcação não funcionava.

Diante disso o MP, que acusa os 11 cidadãos Russos dos crimes de tráfico de drogas estupefacientes agravado e associação criminosa, pede a pena máxima estabelecida em 18 anos de prisão, expulsão judicial dos arguidos do território Nacional e que sejam declarados perdidos a favor do Estado todos os objetos, bens e produtos apreendidos no âmbito da operação.

Já a defesa pediu absolvição para os tripulantes, reafirmando que os arguidos viram-se envolvidos num processo alheio à sua vontade e que “agiram sob ameaça”, e que não têm culpa. E disse que isso ficou claro nas declarações do Inspetor Chefe de Polícia Judiciária, que afirmou que o Capitão do barco pediu-lhe proteção policial e quis colaborar com as autoridades.

A leitura da sentença ficou marcada para o dia 28 de fevereiro.