Amadeu Cruz disse estar disponível para dialogar com os sindicatos Nacionais dos professores, e todas as suas representações regionais, caso os mesmos entenderem ser oportuno ou se acharem que é melhor tratar as questões dos professores de forma regionalizada
Segundo disse, desde o início de atuais funções ele tem procurado um diálogo “franco” com todos os Sindicatos representativos dos docentes, a nível nacional, “procurando convergências e fomentando o relacionamento cordial com todos os líderes sindicais, sem exceção”.
Essa posição do Ministro foi publicada ao início da tarde de hoje na sua conta da rede social Facebook, e surge na véspera de uma parada e marcha dos professores, em São Vicente, que alegam incumprimentos por parte do Ministério.
Segundo o governante, dois dias após a tomada de posse como Ministro da Educação ele realizou encontros de cortesia com todos três sindicatos nacionais que representam os professores, e na semana passada, no dia 5, teve um encontro “muito produtivo e em clima de cordialidade” com os líderes do SINDEP. Além do diálogo com os sindicatos, disse Amadeu Cruz, “abri e fortaleci” os canais de diálogo com os professores diretamente, nomeadamente através de audiências na sede do Ministério ou durante as visitas aos Concelhos.
Cruz garante que o Governo tem investido de forma incansável no setor da educação, principalmente nos professores, desde 2016 até ao momento. Conforme avançou a mesma fonte, o Executivo está a resolver pendências que persistiam em 2016 e que vinham acumulando pelo menos desde 2008, beneficiando “mais de 5.700 professores” e representando um incremento orçamental na ordem dos 800 mil contos por ano.
Cabo Verde, mesmo enfrentando as “consequências nefastas” da crise provocada pela Covid-19, tem estado a publicar atos administrativos a resolver as situações acumuladas entre 2008 e 2016. “Em meados de janeiro último foram publicadas a portaria a atribuir subsídios por não redução de carga horária a 186 professores e a portaria que regulariza a carreira docente de 109 professores. Continuamos a trabalhar para paulatinamente resolver as pendências e estabilizar as carreiras dos professores”, escreveu o Ministro, notando que os próprios sindicatos nacionais de professores como SINDEP, SIPROFIS e SINDPROF, têm reconhecido publicamente o espírito de diálogo aberto e franco do Executivo.