Ministro do Mar defende planificação das zonas costeiras numa “lógica de futuro”

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Abraão Vicente defendeu hoje, no Mindelo, que as zonas costeiras “não devem” ser disponibilizadas aos primeiros projetos que cheguem e deve ser bem planificada porque é a zona que desperta mais interesse

Segundo a Agência Inforpress, o posicionamento do Ministro ocorreu por ocasião do lançamento do projeto “Gestão de ameaças setoriais múltiplas nos ecossistemas marinhos para alcançar um crescimento marinho sustentável”, em que Abraão Vicente, realçou que do pouco tempo como tutela do Mar tem visto que as zonas costeiras são as que despertam maior interesse e deve ser pensado num planeamento integrado.

O governante, defendeu ser necessário fazer uma boa planificação para o futuro. “As nossas zonas marítimas não podem ser disponibilizadas aos primeiros projetos que chegarem, mas têm de ser entregues e planificadas numa lógica de futuro”.

“Há a necessidade de se fazer um plano nacional antes de disponibilizar as referidas zonas”, ajuntou, explicando que “não pode” imperar a lei do primeiro a bater na porta do Governo, mas sim há que haver um ‘master plan’ para dar “melhor uso” e ter uma “melhor visão” com reforço da investigação e concessão das orlas marítimas Cabo-verdianas.

O Ministro do Ambiente, Gilberto Silva, por sua vez, considerou que a biodiversidade marinha de Cabo Verde tem enfrentado “três grandes ameaças”, como a superexploração das espécies marinhas por uma combinação de interesses de pesca comercial e de subsistência, desenvolvimento da zona costeira e sua rápida expansão que “ameaça degradar os habitats marinhos frágeis”.

Frisou ainda que as mudanças climáticas intensificaram as pressões existentes sobre os ecossistemas marinhos.

Para a representante do Programa das Nações Unidas em Cabo Verde, Celeste Benchimol, o PNUD, como agência de execução do projecto, e outras agências das Nações Unidas, reiteram mais uma vez o compromisso de continuar a apoiar o Governo no desenvolvimento e implementação de políticas e estratégias e mobilização de parcerias e de recursos necessários para o desenvolvimento sustentável do País, juntamente com os parceiros.