MNE defende investimentos de longo prazo numa perspetiva dos Direitos Humanos

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Rui Figueiredo Soares discursava na 49.ª Cimeira do Conselho do Direitos Humanos e reivindicou melhores condições de participação dos Pequenos países como Cabo Verde

O Ministro Cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros defendeu, em Genebra, uma recuperação inclusiva e sustentável tendo afirmado que para isso existe a necessidade de se passar das medidas de mitigação temporárias para investimentos de longo prazo, ancoradas numa perspetiva dos Direitos Humanos.

Rui Figueiredo Soares falava na 49.ª Sessão do Conselho dos Direitos Humanos em Genebra, e realçou aquilo que considera ser um facto o papel que é reservado ao Conselho dos Direitos Humanos ser hoje, no seu entender, mais vital do que nunca, uma vez que a pandemia trouxe uma oportunidade única de unir os países em solidariedade e de se prosseguir na recuperação sustentada e inclusiva, com os direitos humanos no centro dos esforços de cada um.

“O Conselho dos Direitos Humanos oferece importantes contributos para a construção de melhor e renovação do contrato social, prevendo um caminho a seguir, não deixando ninguém para trás”, sublinhou Rui Figueiredo Soares para quem a pandemia não é apenas uma crise económica mas também uma questão dos Direitos Humanos.

O MNE reiterou o firme compromisso de Cabo Verde assumido com a promoção e proteção dos direitos humanos tendo realçado ainda a importância dos temas que estão a ser debatidos no decorrer desta Cimeira para o reforço do diálogo em matéria dos direitos humanos.

Refira-se que os temas abordados no Conselho dos Direitos Humanos prendem-se com alterações climáticas, violência e a igualdade entre homens e mulheres, os direitos humanos na era digital e os direitos das pessoas com deficiência que na opinião do Ministro eram impensáveis serem tratados em tempos idos.

Rui Figueiredo Soares aproveitou ainda a oportunidade para reivindicar um tratamento aos pequenos países como Cabo Verde em pé de igualdade com os outros sob pena de, segundo ele, a Declaração Universal dos Direiros Humanos seja apenas letras mortas.