MORAL CATÓLICA: Padre João Augusto afasta ideia de “namorico” entre Igreja e Governo

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Ao OPAÍS o Vigário Geral da Diocese de Santiago diz que não há qualquer “favorecimento ou tentativa de instrumentalizar” a Igreja pelo atual Governo

O Vigário Geral da Diocese de Santiago recusa a ideia de que a decisão de se avançar para o ensino da moral Católica nas escolas públicas em Cabo Verde é resultado de um “namorico” entre Igreja Católica e o atual Governo do país sustentado pelo MpD e descarta qualquer aproximação do Governo à Igreja no sentido de “instrumentalização”.

Em entrevista ao OPAÍS, o Sacerdote lembrou que a base para a colaboração em curso entre a Igreja Católica e o Estado de Cabo Verde está vertida no acordo jurídico – Concordata – assinado entre Cabo Verde e a Santa Sé e teve início ainda na legislatura anterior durante a governação do PAICV.

Por isso, adverte, “não se pode dizer que se trata de um favorecimento ou de uma tentativa de instrumentalizar a Igreja do atual governo porque as bases vêm do anterior governo”.
O acordo jurídico, lembrou, data de 2013 e as eleições legislativas foram 3 anos depois, em 2016.

O também Pároco de São Paulo Apóstolo, Palmarejo, observa que encontros entre as partes há muito estão em curso mas que não foram paralisadas. “Houve mudança de Governo e continuamos a tratar com o Governo que está em exercício”, pontuou.

As duas Dioceses de Cabo Verde estão em sintonia e no momento as atenções focam-se nos instrumentos pedagógicos, nomeadamente, o perfil do professor, os modelos de avaliação e o programa de ensino mas o Padre João Augusto está esperançoso em como dentro de “2 anos poderemos começar a ter o ensino nas escolas públicas”.

Dignidade da pessoa humana, valores da família, da solidariedade e do respeito pelo outro que “são bons para qualquer sociedade” serão lecionados assim que o ensino iniciar.