Motivos para detenção de Luís Filipe Vieira

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Presidente do SL e Benfica é acusado de crimes de burla qualificada, abuso de confiança agravada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada. Rui Costa vai assumir a Presidência

O Ministério Público, MP, considera que existiram esquemas de fraude em proveito das empresas do grupo de Luís Filipe Vieira, com o Benfica a ser o maior prejudicado. Acredita o MP que, além da SAD, também Banco Espírito Santo, Novo Banco e o Estado foram lesados pelos esquemas entre as empresas de Vieira e as sociedades detidas ou controladas pelo empresário Bruno Macedo, detido na Operação Cartão Vermelho. Em causa estão crimes de burla qualificada, abuso de confiança agravada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada

Segundo A Bola, o MP estima que a Benfica SAD foi lesada num total de €2,5 milhões, dinheiro que, alegadamente, saiu dos cofres das águias para pagar comissões de transferências ao empresário Bruno Macedo. O dinheiro chegava a sociedades controladas por Bruno Macedo e colaboradores (Nuno Sérgio Durães Lopes, António Rodrigues de Sá e Dantas Machado), duas empresas com sede em Portugal (BM Consulting, LDA e a Yes Sports) e quatro fora do País, com sede nos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e Tunísia (Astro Sports Management FZE, Master International FZE, International Sports Fund e Trade In), empresas que o MP acredita serem offshores.

Na investigação, o dinheiro chegaria a essas sociedades e depois, entre 2016 e 2017, seguia para as empresas do grupo Luís Filipe Vieira, a Promotav e Votion. Segundo a investigação do DCIAP, os alegados esquemas de fraudes determinaram que Bruno Macedo chegou a um acordo com Luís Filipe Vieira para que a Benfica, SAD realizasse pagamentos excessivos em comissões de transferências de jogadores, fossem contratações ou vendas. Bruno Macedo, suspeita a investigação, forjava documentos. Uma das suspeitas são faturas, alegadamente, falsas para justificarem circulação de fundos.

O DCIAP salienta que o esquema beneficiou as empresas de Luís Filipe Vieira em três transferências: Derlis González, Cláudio Correa e César Martins.

Com a detenção de Vieira, Rui Costa vai assumir a pasta presidencial. Segundo o diário Record, a atual direção descarta a realização de novas eleições e sente-se capaz de cumprir o mandato na íntegra, que termina em 2024.



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