Movimento Federalista Pan Africano ainda sonha com a união política dos povos no Continente e na diáspora

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É com este propósito que em 2015 surgiu o Movimento Federalista Pan Africano, em Cabo Verde. O de trabalhar para a união política de todos os povos no Continente e na diáspora. É que a África, entende o jovem federalista, Alessandro Robalo, possui grandes riquezas, mas também grandes desafios ou problemas

“Não são propriamente desafios, são problemas e um deles reside no plano político”, começa por explicar o representante do Movimento.

A África, considera Robalo, não é ainda um Continente soberano, capaz de controlar a sua política, a sua riqueza e a sua visão para com o povo. “Há ainda interesses neo-coloniais a vigorar no Continente. Temos um Estado ao serviço de potências estrangeiras e ao de pequenos grupos de interesse que estão no Estado ou no privado, o que faz com que o povo ainda esteja a lutar pela sua soberania e dignidade”, justifica.

Para o Movimento Federalista, pensar no panafricanismo é pensar na África e na sua extensa diáspora. Uma África e uma diáspora com desafios para os quais o movimento tem procurado dar respostas.

“A nossa proposta é a união política de todos os povos no Continente e na diáspora, porque entendemos, na linha dos nossos ancestrais, que é fundamental que os Africanos estejam unidos para traçarem um único rumo: o da libertação total”, avança Robalo.

O Movimento Federalista propõe-se, deste modo, a trabalhar para que os mais jovens conheçam e abracem melhor a África. É neste sentido, adianta Robalo, que em Cabo Verde se criou uma Comissão Instaladora Nacional para preparar o primeiro Congresso Pan Africano que deverá acontecer em uma data a indicar. Enquanto isso, diz o jovem Federalista, “brindemos e comemoremos o Dia de África”. Um dia a ser marcado com uma Oficina de Língua Cabo-verdiana, iniciação de escultura na madeira e uma noite cultural que encerra, às 21 horas, no Palácio da Cultura Ildo Lobo na Cidade da Praia, a efeméride.