“Movimento Mais Cidadania” acredita que o hacker deve ser aproveitado para colaborar com a justiça, no combate à corrupção
Os integrantes do “Movimento Mais Cidadania” concentraram-se esta quarta-feira, em Lisboa para exigir que seja aplicado para o caso de Rui Pinto a diretiva europeia contra o branqueamento de capitais, para que o hacker seja libertado e colabore com as autoridades no combate à corrupção.
A chamada “quarta diretiva” determina que todos os Estados-membros da União Europeia, UE, protejam pessoas que fazem denúncias desse tipo de crimes.
Rui Pinto, que também é responsável pelos vazamentos do caso “Football Leaks” – encontra-se em prisão preventiva em Lisboa desde de 22 de março de 2019.
O hacker, que estava a ser “condenado” pela maioria, no caso dos email’s, que puseram em causa a verdade desportiva no futebol Português, está agora a ser aclamado pela mesma maioria, por ter vazado documentos que deu origem ao “Luanda Leaks”.
No entanto as opiniões se dividem, há quem condena a forma como Rui Pinto teve acesso aos cerca de 750 mil documentos, que incriminariam Isabel dos Santos. “Rui Pinto cometeu um crime, tem de ser julgado pelo mesmo. Um crime não justifica outro crime”, disse uma anónima.
O megavazamento desses documentos revelou detalhes sobre a fortuna de Isabel dos Santos, de sua família e todas as pessoas que podem estar envolvidos nas operações fraudulentas cometidas à custa do Estado Angolano e, eventualmente, de outros países.
