Não houve provas para sustentar as acusações que recaiam sobre eles. Gil Évora e Carlos Anjos eram acusados de ter estado na Venezuela com Nicolás Maduro, a negociar a não extradição de Alex Saab para EUA. Revelou-se também falsa a informação de que ambos trouxeram seis malas de dinheiro da Venezuela. Gil Évora vai avançar com ações judiciais contra TCV, El Nuevo Herald e Rosário da Luz
O Ministério Público mandou arquivar as acusações contra os empresários Gil Évora e Carlos Anjos, por não ter encontrado qualquer prova que sustentasse a acusação. Os dois vinham sendo acusados de ter passado por emissários do Estado para se encontrarem com o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro e negociar a não extradição de Alex Saab para os Estados Unidos de América.
Sobre as alegadas malas de dinheiro que os então acusados teriam trazidas, o MP, revelou que também não foi encontrada nenhuma prova disso.
De acordo com informações avançadas na edição desta quinta-feira, do A Nação, os arguidos fundamentaram as razões das suas viagens e “a investigação que foi feita não permite com prova séria e contundente que os arguidos tivessem viajado para a Venezuela e nem que tivessem feito passar-se por emissários enviados pela República de Cabo Verde”.
A informação de que os dois empresários estariam na Venezuela, como emissários do Governo para negociar com o Presidente Maduro, foi primeiramente avançada pelo El Nuevo, um jornal sediado em Miami, nos EUA, e depois amplamente reproduzidas por vários meios de Comunicação Social.
Com esse arquivamento do processo, Gil Évora que disse estar tranquilo, precisou que vai entrar com uma ação judicial contra a TCV, El Nuevo e Rosário da Luz.
“À luz do Estado de Direito que somos, todas as pessoas terão de ser responsabilizadas, em particular o ‘laboratório’ que fabricou a notícia, alguns ‘opinion makers’ aqui da terra e a própria TCV que, sem qualquer contenção, rigor ou esforço pela procura da verdade, invadiu a minha privacidade à margem da ética e da devida proteção de dados pessoais”, enfatizou, em declaração ao A Nação.
“Recordo aqui que a TCV não se coibiu de usar o meu passaporte pessoal para abrir um serviço noticioso, em flagrante violação da lei. Esta displicência propositada tem de ser punida para que a escola da verdade, ou pelo menos a procura da verdade, possa prevalecer sobre a mentira. Como manda a prudência, deixei que a justiça trabalhasse e sinto-me hoje na obrigação de lutar pela reposição da verdade e responsabilizar todos os que injustamente quiseram atirar para a lama o meu bom nome”, disse a mesma fonte.
Os processos, disse Évora, avançam para a justiça logo na primeira semana de janeiro e são processos cíveis e não crime. A nível do País serão movidos contra a TCV e Rosário da Luz que “vilipendiou o nosso nome na rádio, no seu blog e no Facebook”.
No exterior, nos EUA, será movido um processo contra o El Nuevo Herald, que “inventou a notícia dos enviados do Governo, do encontro com Maduro e das seis malas cheias de dinheiro”.
Para isso assegura que já foi contatada uma firma de advogados Norte-americana, a solicitar “uma indeminização de 2,5 milhões de Dólares ao jornal por danos morais, difamação etc.”.
