MpD acusa PAICV de interferir nas questões internas da Guiné-Bissau

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Posição do MpD surgiu na sequência de uma declaração política do PAICV, esta quarta-feira, 4, no Parlamento. Joana Rosa não gostou da posição do PAICV e classificou como “ingerência” em assuntos de outro Estado

O PAICV classificou de golpe de Estado a situação que se vive na Guiné-Bissau e acusou Umaro Sissoco Embaló de assalto ao poder pela via da fraude e com apoio das Forças Armadas.

José Veiga que deu voz à posição do PAICV, lamentou que Cabo Verde não tenha nem condenado nem repudiado o processo em Bissau. Em resposta, a Presidente do Grupo Parlamentar do MpD, Joana Rosa, falou em “ingerência” do PAICV num assunto interno de um outro País. “Não há margem para dúvida da ingerência do PAICV em questões internas da Guiné-Bissau”, precisou a parlamentar.

Na sequência desta posição, o MpD reafirmou que Cabo Verde se relaciona no quadro institucional internacional, nomeadamente, da CEDEAO e da CPLP.

O tema esteve em pauta esta manhã, no primeiro dia da primeira sessão de março. Entretanto, tudo aponta para uma demarcação do próprio PAICV desta declaração do seu Deputado. A dado momento, Rui Semedo que é líder do grupo na Assembleia Nacional aconcelhou “muita calma, ponderação e serenidade e não usar as emoções, mas sim a razão”.

Refira-se que na segunda-feira, 2, o Ministro da Integração Regional havia afirmado que as autoridades nacionais estão atentas ao que se passa na Guiné-Bissau.



1 COMENTÁRIO

  1. O que se passou na Guiné -Bissau deve ser inequivocamente condenado, pois que, se impediu as instituições do Estado de Direito de funcionar, com interferência inapropriada das forças de despesa e segurança, que ocuparam a televisão e a rádio públicas, expulsando jornalistas, bem como os tribunais, expulsando magistrados . Tratou-se sim de um golpe de Estado clássico condenável a luz dos parâmetros que enfornam os Estados de Direito.

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