MpD destaca “excelência” da cooperação com Portugal com conversão de dívida em fundo climático

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A conversão da dívida de Cabo Verde com Portugal em um Fundo de Ação Climática e Ambiental é um momento “verdadeiramente marcante” para o País, assinalou esta manhã o Secretário Geral do Partido do Governo

Luís Carlos Silva vincou hoje, na Cidade da Praia, que o acordo ontem assinado na Capital Portuguesa, simboliza a “excelência da cooperação” entre Cabo Verde e Portugal “e cria um extraordinário instrumento” de ação política que aborda problemas “cruciais”, além de refletir a “credibilidade e a confiança” que Portugal e as Nações Unidas “têm nas instituições” Cabo-verdianas.

Ao comentar hoje, a decisão dos dois países, formalizada em acordo pelos Ministros das Finanças dos dois países, o SG do MpD vincou não ter dúvidas que este instrumento “será um marco a ser replicado” em outros países Africanos por “atacar” dois problemas que são “crucias” para a África: o grave problema de sobreendividamento e, por criar um instrumento para a ação climática.

“Como é do nosso conhecimento recebemos, em 2016, um País com uma dívida pública de 126% do PIB, um dos países mais endividado do Mundo. O que colocava em stress os equilíbrios macro fiscais do País. Com a pandemia vimos a divida pública ultrapassar os 150% do PIB”, assinalou para de seguida observar que embora a execução orçamental de abril “aponta para um rácio da dívida de 107% do PIB, continuamos com uma divida pública excessiva e que deve merecer a nossa total atenção”.

Observou, no entanto, que o Fundo de Ação Climática terá como uma das fontes de receitas as prestações do serviço da dívida pública de Cabo Verde com o tesouro de Portugal, e nessa primeira fase serão revertidos 12 milhões de Euros.

LCS fala num momento de “grande simbolismo”, que seu entender acrescenta valor e fortalece o nosso processo de desenvolvimento. “A credibilidade e confiança nas instituições de Cabo Verde são reforçadas com a assinatura desse acordo, demonstrando a capacidade do País em lidar com desafios complexos e estabelecer parcerias sólidas com outras nações”, enfatizou, esperando que esse “marco” represente uma “contribuição significativa” para a sustentabilidade e a resiliência de Cabo Verde, mas também que inspire outros países e regiões a tomarem medidas concretas em prol da ação climática.