Grupo Parlamentar do MpD, manifestou esse interesse com vista a criar consensos necessários neste contexto externo altamente exigente e difícil para Cabo Verde
Para o Grupo Parlamentar do MpD, os próximos anos irão ser difícil para Cabo Verde, isto por ter pela frente “desafios socias, económicos e políticos” para os quais acredita ser necessárias “políticas congruentes, consistentes e corajosas e reformas de fundo consensuais”.
O Presidente do Grupo Parlamentar, Paulo Veiga, na altura da declaração política do seu Partido, nesse segundo dia da sessão parlamentar de outubro, manifestou o interesse em criar “consensos” juntamente com os demais Partidos da casa parlamentar para criar ações necessárias para o desenvolvimento do País.
“Nesse quadro, quero aqui anunciar formalmente, em nome do Grupo Parlamentar do MpD, a nossa profunda e genuína vontade de debater cordialmente e dialogar construtivamente e de boa fé com os demais Partidos representados nesta casa parlamentar, com vista à criação dos consensos necessários à definição e operacionalização das políticas, programas e ações necessárias ao desenvolvimento socioeconómico e político de Cabo Verde, num quadro de continuada e profunda estabilidade e num contexto externo altamente exigente e difícil para o nosso País”, afirmou Paulo Veiga.
Falando no contexto difícil em que o País ainda vive, Veiga relembrou os investimentos feitos pelo Estado para fazer face a esta situação, onde citou que o Governo “perdeu cerca 446 milhões de Euros” em receitas fiscais, agravando a situação orçamental do País, no qual alega que isto aconteceu no momento em que o Estado se viu “forçado e aumentar” as despesas públicas com programas de intervenção para apoiar as famílias e as empresas.
“O déficit orçamental em 2021 situou-se em 13.7% do PIB e a dívida pública atingiu 158% do PIB”.
Entretanto, Paulo Veiga realça o “sucesso” do Governo no acalmar da pandemia e com início da retoma do turismo, e sublinhou que o mesmo tem “em marcha um plano de retoma que visa relançar a atividade económica pelo aumento do clima de confiança dos agentes económicos, libertar o potencial de crescimento da economia com aceleração da transformação e diversificação da economia, com foco na inclusão económica, financeira, social e digital e a redução da pobreza e aceleração da promoção do trabalho decente e do empreendedorismo.
