MpD pede para deixar de lado interesses partidários e trabalhar em conjunto em prol do bem comum

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Partido que sustenta Governo do País fez essa observação na sequência da comunicação do Presidente da República feita hoje

O Secretário Geral do MpD, Partido que sustenta o Governo da República, considerou hoje que é preciso continuar a trabalhar em conjunto e a enfrentar os desafios com coragem e determinação, deixando de lado interesses partidários em prol do bem comum.

Luís Carlos Silva reagia, esta tarde, à comunicação do Presidente da República, feita de manhã, em que José Maria Neves destacou alguns pontos, como a suspensão da aplicação da nova tarifa no transporte de cargas, onde avançou que o seu Partido entende que é importante garantir a sustentabilidade do setor, mas também “é fundamental” garantir que os preços sejam “justos e acessíveis para todos”.

“Acreditamos que a suspensão é uma medida prudente que permite uma reavaliação do impacto do aumento de preços na economia e na vida das pessoas. Estamos confiantes de que, em diálogo com todas as partes interessadas, será possível chegar a um acordo que permita um transporte de cargas justo e acessível para todos os Cabo-verdianos”, declarou.

Outro ponto que o SG também refutou foi a crítica do PR sobre algumas opções de políticas, entretanto, disse que é preciso ser frontal, uma vez que “o Governo tem de governar com base no seu programa sufragado pelo povo”.

“Um programa estruturado numa visão alternativa de políticas fundamentadas na liberdade económica, na economia de mercado e onde o setor privado assume quota-parte do processo de desenvolvimento, sem nunca descurar a política social e o necessário serviço público para mitigar os constrangimentos naturais de Cabo Verde, como a insularidade e o fato de sermos arquipélago”, refutou.

Na mesma ocasião, o SG do MpD ainda frisou sobre à “excessiva partidarização” do espaço público, sublinhando que é importante salientar que é um problema antigo que resulta, “em grande medida, do nosso percurso histórico-político e dos modelos de governação implementados, particularmente, pelo PAICV: o Partido Estado, no pós-independência; e, depois, já em democracia, um modelo baseado num grande centralismo político, económico e social”.

“Em ambos os casos, o resultado foi a perpetuação de uma excessiva partidarização do espaço público”, disse reforçando que o MpD tem feito um “forte” trabalho no sentido de libertar a Sociedade desta partidarização.

O político concluiu reafirmando que Cabo Verde tem sido resiliente e tem feito um bom combate, entretanto, relembrou que os dados da execução financeira de 2022 são prova disso.

“Estão a ser corroborados com a execução do mês de janeiro que conseguiu um fato histórico: pela primeira vez temos um saldo positivo nas contas públicas, apesar do aumento das despesas públicas, as receitas conseguiram ser superiores, gerando um saldo de 159 milhões de Escudos”, finaliza.



2 COMENTÁRIOS

  1. O MpD quase chegou no ponto. Foi por um triz! Vamos perder esse complexo: quem deve cuidar da imagem e do cargo de Presidente da República é o JMN. O MpD e Governo são responsáveis pela imagem institucional do Governo. Se JMN resolve jogar a presidência na lama, problema dele. É necessário ser mais duro com ele nas respostas às ofensas ao Governo do MpD. Fomos quase, quase..da próxima…com ferro feres, com ferro serás ferido.

  2. O Presidente fala como se não tivesse sido primeiro ministro onde era quero posso e mando. Em matéria econômica e nos transportes marítimos mandou sempre mal. Vejam que mandou ou financiou a construção do Liberdadi e Kriola lá longe a um preço elevado quando podia obter por metade do preço navios tipo Praia d’Aguada e 13 de Janeiro, nos estaleiros alemães, que já tinham estirado o mar das Ilhas e tinha já garantido que uma segunda encomenda teria grande redução de preço. O que fez foi ir ao Sudoeste da Ásia construir somente para receber luvas. Quem recebeu ? Entrou a gestão do Praia de Aguada e 13 de Janeiro a empresários camaradas que os destruíram por falta de manutenção. Lamento que o MOD tenha alinhado com o PAICV no branqueamento dos gastos na construção de barragens. Esta construção foi a maior asneira de todos os tempos em Cabo Verde. Prova ? Qual foi o aumento da área irrigada ou seja quanto era a superfície da área irrigada antes de 2006 e em 2015 depois da construção de 5 barragens? Os números falam sempre verdade. Pensamento único foi o que aconteceu na escolha para candidato presidencial em 2011 e que diga o Dr. Aristides Lima ? Vamos ver o que dá o CPI de Casa Para Todos. Se o MPD não confrontar o Presidente com factos e números da gestão de 15 anos ele continuará a liderar a oposição ao Governo. O Presidente da República é o líder da oposição. Alguém tem dúvidas ?

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