Mundo regista crescimento “sem precedentes”

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População mundial atinge nesta terça-feira, 15, a fasquia dos 8 mil milhões de habitantes, um marco “sem precedentes” na projeção da ONU

Um marco no desenvolvimento humano, assim refere a Organização das Nações Unidas, ao assinalar os 8 mil milhões de habitantes, fasquia conseguida nesta terça-feira.

A ONU admite que o tão grande crescimento deve-se ao aumento gradual da duração da vida humana, às melhorias na saúde pública e avanços na medicina, mas também a fatores como a nutrição, a higiene pessoal, e elevada e persistente fertilidade em alguns países.

No anúncio do número simbólico, a ONU nota que por norma os países com mais altos níveis de fertilidade são também os com mais baixo rendimento ´per capita´, a maioria na África Subsariana, o que quer dizer que o crescimento global da população se vem concentrando nos países mais pobres do mundo, o que pode impedir a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a População, os maiores contribuintes para o crescimento a cada mil milhões desde 2010 são a Ásia e África, o que voltará a acontecer com os próximos mil milhões, em 2037, com a Europa a contribuir negativamente.
Para o aumento que será assinalado hoje, a Índia é o maior contribuinte, com 177 milhões de pessoas, ultrapassando a China, com 73 milhões.

O departamento de assuntos económicos e sociais da ONU nota que chegar agora a oito mil milhões de seres humanos é um “marco notável”, já que a população mundial foi inferior a mil milhões durante milhares de anos e até 1800, e que levou mais de 100 anos a crescer de um para dois mil milhões.

Com um aumento exponencial no último Século, e apesar de um abrandamento gradual mais recente, as previsões indicam que os nove mil milhões de 2037 passem a 10 mil milhões em 2058.

Na página oficial na Internet, a ONU refere que o crescimento populacional aumenta os impactos no ambiente e que o aumento dos rendimentos ´per capita´ é o “principal motor de padrões insustentáveis de produção e consumo”.