Na atividade política, desde os tempos longínquos da Grécia Antiga, os pensadores, filósofos e notáveis da época, olhavam para a juventude com uma certa desconfiança. Alguns afirmavam que o mundo acelerava os passos para o abismo no dia em que os jovens assumirem o poder.
Hesíodo, um famoso poeta oral grego, afirmou o seguinte: “não tenho nenhuma esperança quanto ao futuro do nosso país, se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, sem comedimento, simplesmente terrível”. (Hesíodo, 720 a.C.).
Sócrates, também, alinhou pelo mesmo diapasão, classificado a juventude como mal preparada e preguiçosa, que para além de aversão ao trabalho, só queriam comer e andar em público, usando objetos estranhos.
Trouxe à colação estas duas figuras da época clássica para mostrar que não é de hoje que a juventude na política é vista com desconfiança. Os mais velhos ficam sempre convencidos que no tempo deles é que a juventude era um exemplo, e que a de agora é uma desgraça. Foi sempre assim, pelo menos, desde que o Homem ganhou o hábito de deixar escrito os seus pensamentos.
Ora, tudo isto vem a propósito das eleições internas no MpD que temos visto um grande número de jovens “desconhecidos” e fora dos cargos políticos e públicos a declararem, de forma destemida, o seu apoio à continuidade de Ulisses Correia e Silva na presidência do MpD e do governo em 2026.
Esta onda jovem de apoio tem deixado muita gente de cabeça perdida, sobretudo aqueles que passaram os últimos meses a vaticinarem o fim político de Ulisses Correia e Silva e o fim de ciclo do MpD.
Os jovens de hoje são, sem sombra de dúvidas, a geração mais qualificada de sempre em Cabo Verde. Muitos com 21, 22, 23 anos já são licenciados e /ou mestrados. Com percursos de vida e profissional diversificados, o que lhes dá uma visão diferente do mundo. Os jovens sabem o que querem e o que não querem. Fazem as suas escolhas de forma livre, consciente e sem pressão dos pseudos “tudólogos” e donos da verdade que campeia à solta nas redes sociais.
Não são com comentários jocosos e outras formas de bullying que vão condicionar a juventude do MpD de manifestarem o seu apoio público à candidatura de Ulisses Correia e Silva, porque vão continuar a fazê-lo, porque são jovens livres, que entraram no MpD para darem, de forma voluntária, o seu contributo para o engrandecimento do partido, com a sua militância ativa.
Se há mais de 3 mil anos os grandes filósofos e pensadores que conhecemos olhavam com desconfiança para juventude e os jovens não se sentiram intimidados, podem estar certos que não serão os “ativistas políticos” do Facebook a afugentar os jovens do MpD a estarem ao lado do melhor candidato à liderança do MpD, que é Ulisses Correia e Silva.
Em Cabo Verde, é caricato que, todos enchem a boca para dizer que é preciso que os jovens se interessem mais pela política, que participem mais etc. mas são os mesmo que andam com “foice” nas mãos para “cortar a cabeça” de qualquer jovem que ouse tomar posições em assuntos políticos, sobretudo, que contrariem as suas vontades. Assim não dá!
Estamos com Ulisses porque ele de facto aposta na juventude, daí o nosso apoio para continuar a modernizar o MpD e, através do MpD, trabalhar para tornar Cabo Verde num país desenvolvido e prospere para que a nossa juventude possa realizar os seus sonhos cá dentro.
