Não há fome em Cabo Verde – Ministro

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Gilberto Silva desconstruiu a tese do PAICV que insiste na ideia de que há fome no País, devido à inclusão, pela FAO, de Cabo Verde na lista dos países com fome

Relativamente às declarações do PAICV, de que a FAO incluiu Cabo Verde na lista dos países que têm fome, o Ministro do Ambiente e Agricultura, Gilberto Silva, desmontou a tese do PAICV e esclareceu esta sexta-feira, 29, no Parlamento, que em Cabo Verde “não há fome”.

Segundo observou o governante, o nosso País tem melhorado em todos os indicadores que tem a ver com a temática da segurança alimentar e nutricional.

Gilberto Silva entende que o PAICV tem estado a confundir os Cabo-verdianos dos conceitos da subalimentação e da fome, anunciando que a subalimentação é definida como o consumo alimentar habitual, insuficiente para fornecer todas as necessidades energéticas que o ser humano possui, enquanto que a fome, traduz-se num estado de duração de pelo menos um ano de adquirir alimentação.

O Ministro sustentou a sua afirmação, apresentando gráficos fornecidos pela FAO, relativamente à prevalência da subalimentação, sendo que de 2004 a 2006, estabeleceu-se em 4,4%, de 2014 a 2016, o índice situou-se em 13,7%, enquanto que no período 2016 a 2018, 12,6%. Anunciou ainda, que quanto à prevalência da desnutrição crónica, houve uma “trajetória positiva com este Governo” e que a prevalência da anemia em crianças de menos de 5 anos, entre 2009 e 2018, diminui para 43%, enquanto era de 50,4%.

Sobre estes dados, face às declarações, o governante classificou-se como sendo “irresponsabilidade, falta de coerência e ofensa para com os Cabo-verdianos” por parte dos Deputados do PAICV relativamente à matéria de fome.

Na sua intervenção, o titular da pasta da Agricultura e alimentação assegurou que este o Orçamento para o próximo ano trará “muitas melhorias”, não só de obras, mas em termos de incentivos, referindo-se a incentivos para alimentos, medicamentos e materiais de rega, dessalinização de água para rega e para agricultura através de isenção aduaneira e do IVA, importação de equipamentos para certificação da qualidade dos produtos, isenção de taxa e monumentos e impostos de selo na regularização e registo de terrenos para agricultura. Adiantou o Ministro que, todas essas medidas vão contribuir para a melhoria dos investimentos do mundo rural, na construção de estradas de penetração, num investimento de cerca de 9 milhões de contos, beneficiando todas as ilhas.