Não houve qualquer proposta do Governo ao PR para aprovação e publicação que tivesse sido vetada

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Afirmação é da Secretária Geral Adjunta do MpD, que desmentiu que o Governo tenha proposto nomes para o cargo de Embaixador que o Chefe de Estado tenha recusado

O MpD desmentiu, esta segunda-feira, 24, que o Governo tenha proposto a nomeação dos nomes de Gualberto do Rosário e Augusto Neves, para cargos de Embaixadores, alegando que até então, não houve qualquer proposta do Governo submetida ao Presidente da República para aprovação e publicação que tivesse sido vetada pelo Chefe de Estado.

O MpD, através da sua Secretária Geral Adjunta, Vanuza Barbosa, que falava hoje, conferência de Imprensa, em resposta às posições do PAICV, em reação a um artigo publicado num jornal impresso da praça, declarou que é consabido as razões que levam o PAICV a concentrar os seus mais “agressivos ataques” ao setor da política externa, sempre que está na Oposição e relembrou que a competência para nomeação e exoneração dos Embaixadores, cabe ao PR, alegando que “se o PAICV tivesse feito trabalho de casa, não prestaria ao triste papel que representou”, atingindo a sua própria credibilidade.

“Na verdade, como é sabido por quase todos, nos termos constitucionais, a competência para nomear e exonerar Embaixadores é do Presidente da República e não do Governo, reservando-se ao Governo a competência para a apresentação da proposta”, clarificou Vanuza Barbosa.

No entanto, o MpD lançou um desafio à Oposição, para contestar os últimos Embaixadores de Cabo Verde nomeados pelo Presidente da República, sobe proposta do Governo suportado pelo MpD, todos de carreia diplomática designadamente, para a Guiné-Bissau, Cuba, Nigéria, Nações Unidas, França, Senegal e Luxemburgo.

Para o Partido que suporta o Governo da República, o PAICV centra-se “simplesmente” na circunstância de não pertencerem à carreira diplomática do que avaliar o desempenho dos Embaixadores, as ações diplomáticas e os resultados obtidos para Cabo Verde.

No entanto, o MpD acusa o PAICV de tentar ganhar audiência, “num ato falhado, carecendo de um mínimo de rigor e objetividade” e alega que o mesmo Partido, quando estava no poder, nomeou dezenas de Embaixadores com recurso a personalidades fora da carreira diplomática.

“É preciso aqui realçar uma questão essencial, foi o Governo do MpD, e não qualquer outro, que tomou a iniciativa de aprovar e publicar uma lei que limita a nomeação de Embaixadores estranhos à carreira diplomática, estabelecendo que o número global dessas nomeações tem de ser sempre inferior ao dos Embaixadores de carreira, realidade que se concretizou através do Decreto-Lei n.º 35/2020, de 23 de março”, relembrou a Secretária Geral Adjunta.

Vanuza Barbosa finalizou sublinhando que só um Partido com “notórias dificuldades em se afirmar e apresentar ideias e projetos para Cabo Verde pode ter a irresponsabilidade de pedir ao porta-voz para a política externa que se pronuncie desavisadamente, sem o mínimo de rigor, à boleia de um artigo especulativo de um jornal”.



1 COMENTÁRIO

  1. O A Nação segue o velho princípio de insistir na mentira para ela parecer verdade. De qualquer forma A Nação tem informadores em todos os ministérios e acima de tudo no Gabinete do Primeiro Ministro. O MPD está a dar lenha ao PAICV para alimentar a fogueira onde que queimar o MPD. Tudo isso por que o MPD afastou se das suas bases,

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