O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo Comité Nobel norueguês. Em causa está o trabalho desenvolvido contra a violência sexual
Já são conhecidos os vencedores do Nobel da Paz. Denis Mukwege e Nadia Murad arrecadaram o galardão que, anualmente, é atribuído pelo Comité Nobel norueguês à pessoa ou grupo que se tenha evidenciado na conquista da paz mundial. Em causa está o trabalho desenvolvido contra a violência sexual.
Denis Mukwege é um médico ginecologista congolês que se celebrizou pela ação humanitária na República Democrática do Congo, onde, aliás, gere um hospital, mais especificamente em Bukavu. O médico, saliente-se ainda, especializou-se no tratamento de mulheres que foram violadas por milícias na guerra civil do Congo.
Nadia Murad, por sua vez, é uma ativista de direitos humanos e a primeira Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas. Murad foi, durante meses, escrava sexual do grupo extremista Estado Islâmico.
No ano passado, recorde-se, foi a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares a arrecadar esta distinção. Trata-se, com efeito, de uma iniciativa global promovida por várias organizações não governamentais que tem como imperativo abolir todas as armas nucleares com recurso a um tratado internacional vinculativo. Esta foi, saliente-se ainda, a 23ª organização a ganhar o prémio desde que este foi estabelecido, em 1901.
Para este ano havia 331 nomeados – 216 pessoas e 115 grupos – e pese embora o processo de seleção ser fortemente regrado, o que impede que os potenciais candidatos sejam conhecidos, há nomes proeminentes de diversos quadrantes que foram sendo apontados como possíveis vencedores.
De acordo com a revista Time, Kim Jong-un e Moon Jae-in, os líderes das duas Coreias, eram apontados para vencer o Nobel da Paz. Em causa está o facto de terem realizado diversas reuniões que perspetivavam o desarmamento nuclear.
Sabe-se ainda que 18 legisladores republicanos endereçaram ao Comité do Nobel o nome de Donald Trump, considerando “o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido em prol do fim da Guerra da Coreia e da desnuclearização e ainda por trazer paz à região”.
Quem também não foi esquecido foi Carlos Puigdemont, que liderou o referendo de independência da Catalunha no ano passado. E embora na história do prémio não conste nenhum Papa, o nome de Francisco também não foi excluído.
/Notícias ao Minuto