Notas finais do belíssimo Festival de Santa Maria

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Tal como no primeiro dia, acabamos de assistir mais um grande espetáculo musical. Lejemea fechou em grande, com uma mistura de ritmos

Ao som de funaná, mas também de outros ritmos como kizomba e afro, com Lejemea, fechou-se a cortina da 29.ª edição do Festival Internacional de Música da Praia de Santa Maria, um evento marcado pelo civismo em que todos os participantes, público e artistas, contribuíram para o seu sucesso.

A organização está de parabéns por acertar um cartaz diversificado que promoveu a Morna, que também foi homenageada, mas por ter permitido a exibição de vários artistas que mostraram a diversidade deste evento musical.

A Banda Municipal, a abrir na sexta-feira, e os projetos Veterania e Sal da Ilha, sobretudo este último, mostraram classe num grande palco, que teve a honra de ouvir a inconfundível voz de Tito Paris, que ao lado de Leonel Almeida, Solange Cesarovna e Cremilda Medina renderem homenagem à Morna. Aqui todos estão confiantes em como ela, a Morna, será, em dezembro, declarada Património Imaterial da Humanidade.

O próprio Presidente Júlio Lopes não tem dúvidas que em dezembro o País vai celebrar. Até lá, toda a ilha do Sal está a trabalhar e a dar o “seu contributo” e a criar uma “onda positiva” em favor da Morna.

Voltamos ao público. Brilhante! A forma ordeira como esteve neste Festival, mas também no trânsito e na ordem pública, confirmam que a mensagem passou. Santa Maria marcou pontos.

O layout do recinto é outra nota a salientar, enaltecendo igualmente a arrumação das barracas de comes e bebes. Nenhuma grelha esteve no meio do público, é de louvar esta medida.

A colocação de casas de banho e a limpeza do espaço do Festival merecem igualmente destaque, tal como a iniciativa de pagar os direitos autorais à Sociedade Cabo-verdiana de Música, o que faz do Sal pioneira nesta matéria.

Pelas 7 horas, Lejemea fecha o evento. Para o ano, seguramente, há mais, e não duvidamos que a qualidade será uma certeza, ainda melhor.