Novas peripécias nevesianas: há-de ser o diabo, se Deus quiser!

2

O sr. José Maria Neves, que ainda não condenou a brutal invasão da Ucrânia pela Rússia de Putin, continua a usar a TRUCULÊNCIA como o método preferido de acção política.
Nos últimos dias foi a Bruxelas participar numa conferência sobre as questões do desenvolvimento. E cometeu, afectado pela síndrome da JAAC-CV, duas “gaffes” de palmatória:

A) Afirmou que as boas relações entre Cabo Verde e a União Europeia “remontam aos tempos da independência (1975)”. Ora, nessa época, NÃO HAVIA a União Europeia, que só surgiria cerca de duas décadas depois, e, por isso, a frase nevesiana é infeliz e revela uma gritante falta de preparação! Tanto do Presidente da República como dos seus colaboradores…

B) O homem voltou a insistir no ano 2007, época em que chefiava o Governo, como sendo o decisivo no fortalecimento das relações políticas e económicas entre Cabo Verde e a Europa. Ora, isso é completamente FALSO. Só houve a tal “parceria especial” porque, como escrevi num ensaio mais longo e fundamentado, publicado há vários anos, Cabo Verde abandonou o regime DITATORIAL do Partido Único (que merece, ainda, elogios do ilustre senhor José Neves!) e abraçou os valores do mundo LIVRE, consubstanciados na Constituição da República de 1992.

Sem isso, jamais teríamos a parceria especial.

Cabo Verde abandonou, em boa hora, os avatares do comunismo totalitário e acolheu, com desassombro, os grandes valores europeus e da civilização, que influenciaram estadistas como Churchill, Jean Monnet ou Konrad Adenauer.

Temos infelizmente um mau PR, que dá sucessivos golpes à Constituição do país, é mal preparado e usa tácticas maquiavélicas ultrapassadas para reescrever a história.
Temos, portanto, um subversivo e saudosista de regimes caquéticos num sítio, institucionalmente relevante, onde devia imperar a Rule of Law e a ética da liberdade, que ele confunde com “LEBERDADE”.

Como dizia o nosso grande poeta Eugénio Tavares, há-de ser o diabo, se Deus quiser!



2 COMENTÁRIOS

Comentários estão fechados.