Este é o segundo Golpe no espaço de 8 meses. Ontem um grupo de soldados anunciaram a dissolução do governo de transição, fechamento das fronteiras, suspenção da Constituição, toque de recolher obrigatório, e ascensão de um novo chefe do governo
O Burkina Faso enfrentou ontem, sexta-feira, 30, um novo Golpe de Estado, perpetrado por um grupo de militares, descontentes com a governação do líder da junta militar Paul-Henri Damiba, no poder desde um Golpe de janeiro.
Ouviu-se vários tiros perto do palácio presidencial, na manhã de sexta-feira, e mais tarde cerca de 15 soldados apareceram na televisão estatal a anunciar a dissolução do governo de transição e da Constituição.
O tenente-coronel Damiba foi assim afastado do poder e substituído pelo capitão Ibrahim Traoré que assume a chefia do MPSR, o Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauração, que havia sido estabelecido durante o Golpe anterior em janeiro passado.
As fronteiras terrestres e aéreas estão fechadas, a Constituição foi suspensa e o governo é dissolvido. O toque de recolher também está em vigor, entre 21h e 5h.
Toda a atividade política e da sociedade civil está suspensa e “as forças vivas da nação” serão brevemente convocadas para redigir uma nova carta de transição para nomear um novo presidente, “civil ou militar”.
Os novos golpistas afirmam querer “perseguir o ideal comum” do povo burquinense, “ou seja, restaurar a segurança e a integridade do território”.