O choro do JMN não pega

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Ele está a derramar lágrimas do crocodilo.

José Maria Neves é um politico inteligente e com experiência suficiente para entender que na política tudo o que se faz tem as suas consequências. Tudo tem o seu preço. Quem não sabe ou dúvida que o José Maria Neves é, por motivos ideológicos, contra Estados Unidos da América? Tudo o que se reporta a este país ou seus aliados, o JMN e seu “glorioso” partido (Paicv) são contra. E não é de hoje. Os amigos do JMN são o desastrado Lula da Silva, o ditador Maduro e tem largas simpatias pelo ditador Putin. Espiritualmente o JMN é do clube dos BRICS. E anda sempre a realçar e a repetir sobre a dita “Nova Ordem Mundial”.

Vejamos apenas alguns factos:

– O governo dos EUA fez um Acordo de defesa e segurança com o governo de Cabo Verde – Acordo SOFA – e o JMN e o Paicv manifestaram-se contra esse Acordo e levaram o governo às barras dos tribunais, e perderam o caso.

– O governo dos EUA quis construir a sua maior Embaixada de África, aqui na Praia, na Várzea da Companhia, com um investimento à volta de 400 milhões de dólares, o JMN e o Paicv foram contra e fizeram um enorme aparato e barulho na comunicação e até hoje o processo não deu um passo em frente.

– Em pleno século XXI, a Rússia invadiu a Ucrânia, matando milhares de crianças, idosos, e milhares de civis inocentes, o JMN e o Paicv remeteram-se a um silêncio sepulcral e não condenaram a invasão da Rússia à Ucrânia, num claro apoio tácito ao Putin.

– Agora é a guerra entre Israel e Hamas (Hamas não representa os palestinos), e perante o simulado pedido para se abrir um corredor humanitário, Cabo Verde alinhou-se com Canadá, para se alterar o texto do pedido, o que foi recusado pelo grupo requerente, e por este motivo, Cabo Verde absteve-se pela recusa da alteração. JMN, apressadamente, foi à Comunicação Social, para condenar a posição do seu próprio país. Ele faz tudo na Comunicação Social, ao contrário de todos os outros presidentes da república.

– Tudo o que cheira aos EUA, o JMN e o Paicv são contra, por motivos ideológicos. O JMN nem consegue ponderar o facto dos EUA albergar a maior comunidade de Cabo Verde na diáspora!

– São vários os sinais dados ao JMN e ele finge que não os percebe.

– O JMN não fez a devida leitura, pelo facto do JOE BIDEN, presidente dos EUA, ter convidado por duas vezes Ulisses Correia e Silva para as conferencias com líderes africanos em Washington e não ter sido ele o convidado?

– E, neste quadro, chega a visita do Zelensky, chefe do governo ucraniano, numa escala técnica à ilha do Sal. Não se trata, portanto, de uma visita oficial e de Estado. O Zelensky pede para ter um encontro com chefe do governo de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, na qualidade de chefe do governo.

– Perante a escolha do Zelensky, o Governo só tinha a obrigação de informar ao Presidente da República desse facto. E o primeiro-ministro confirmou que o JMN foi informado do encontro. Mas, mesmo na denuncia desse encontro, reparam no rol de ataques que JMN fez contra o governo. Até falou do “trânsito caótico…”. Quer dizer que o país se encontra num caos! Isto já é doença politica.

E ameaça tomar medidas? Vai dissolver a Assembleia Nacional? Está tudo louco!

– Sobre este encontro, é claro que o JMN deve fazer a devida leitura. Os países ocidentais sabem que não devem contar com ele (JMN) como um parceiro politico. O JMN, ideologicamente é contra as politicas capitalistas, contra os EUA e seus aliados. Ele é contra o mundo Ocidental. Esta é que é a verdade. Ele tem essa liberdade de escolha, e parece que escolheu o BRICS como o caminho do futuro. Então, não vale a pena chorar com lágrimas do crocodilo.



5 COMENTÁRIOS

  1. Vou ter de usar palavras muito duras para comentar mais este episódio de tumulto à ordem constitucional vigente, provocado por SE Sr Presidente da Republica. Cabo Verde tem sua presidência um ‘elemento’ provocador de crise e de mal estar à nossa democracia. O rapaz que ocupa o mais alto cargo na República, mentiu, propositadamente, com o único intuito de criar crise política e instabilidade na governação, ao afirmar que não tinha conhecimento do facto de que, de passagem por Cabo Verde, o presidente da Ucrânia solicitar um encontro privado com SE Sr Primeiro Ministro de Cabo Verde. Ora, não é necessário que o Presidente da Republica e o Primeiro Ministro estejam de acordo sobre a condução da política externa. O que não haver, é, sistematicamente, o PR fazer o uso indiscriminado da mentira como arma política. JMN tem de decidir se deseja ser presidente de um bando de insuretos do PAICV ou se deseja engrandecer a função do Presidente da República. Parece que JMN adotou filiar-se à turminha do insuretos. JMN não pode ameaçar o governo já que não tem essa competência e mesmo que tivesse, o presidente não é chefe hierárquico do Primeiro Ministro.

  2. Texto confuso, atabalhoado sem nexos e baseado em “exemplos” desconexos, eis o que sobra do post pastoso que JMN colocou na sua página de Facebook para tentar remediar a asneira do dia anterior. 1. Ameaçou tomar medidas com o governo. Não pode porque a Constituição lhe proíbe qualquer iniciativa neste sentido; 2. Que não estava informado, agora diz que estava sim, mas que não houve consenso. Mentiu! Quem conduz a política externa do país é o Governo. Nas outras ocasiões entendeu-se de um modo, agora, com base na análise do governo e no pedido expresso do hóspede, o governo legitimamente optou por caminho diverso. O PR não indica o que deve ou não governo fazer. JMN já meteu na sua cabecinha a ideia de que tem o governo e o país aos seus pés como os seus colegas e amigos do continente. O presidente da República deve agir dentro das quatro linhas da Constituição. O mais surpreendente contudo, é ligeireza do texto. Com excesso de vírgulas, pontuações, exclamações, interrogação, respostas enfim…um panfleto autêntico. Parece que JMN perdeu a noite inteira a procura do texto ideal. O resultado é um grande nada. Pareceu conversa de butikim. UCS ganhou mais uma vez a disputa com JMN por sua postura. Deu a ideia que JMN fez isso: nhos odja ma mi é bom gajo. Ulisses k sta dificultam vida. Choro desnecessário, Sr PR. Dê um jeito ser um adulto à medida das suas responsabilidades. Prometeu tratar dos assuntos no fórum apropriado, mas não resistiu a invertida dos seus anarquistas e reaccionários no palácio. Foi uma resposta à ‘Francisco Tavares’. A culpa é sempre dos outros.

  3. Não exagere também Mayka. Até hoje o único presidente da republica de Cabo Verde que foi recebido em audiência privada na Casa Branca foi Aristides Pereira, do PAIGC-CV.
    MCA foi o maior programa de financiamento dos EUA ao desenvolvimento de Cabo Verde. E foi no tempo do Governo de José Maria Neves (PAICV).
    A politica externa de Cabo Verde não deve ser feita com esses viés e tiques de politiquices. Acho que já tem idade e experiência politica suficiente para fazer leituras mais racionais.

  4. Totalmente de actividades acordo. O Governo conduz a política externa de Cabo Verde, com conhecimento do Presidente da República. Quem assume compromissos em nome de Cabo Verde é o Governo. Na primeira intervenção ele disse que não sabia do encontro. Desde o comunicado do Governo, que não foi desmentido, o Presidente Neves não se pronunciou. Quem faz eco da comunicação do Presidente é a comunicação social do Estado, o porta voz do PAICV. O Governo ainda não deu conta que a comunicação social do Estado é um aliado da oposição.

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