O ego doentio do JMN!

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Desta vez o senhor foi longe demais!

Que fique bem claro e sem uma pitada de dúvidas! O Governo convidou o Presidente da República a participar na Cimeira dos Oceanos, que teve lugar em São Vicente. Sobre este convite, pior a emenda que o soneto, o PR está a construir um castelo de dramas e sem razão de ser.

Não só ele foi convidado a participar, como foi convidado pelo Governo a fazer o encerramento da Cimeira dos Oceanos.

O que é verdade é que JMN, enquanto PR, declinou o convite do Governo. Ele sabe disso! Só que deixa passar para a opinião pública de que não foi convidado. Mas, com todo o respeito, essa versão do PR não corresponde à verdade!

O Governo tinha um programa inicial, tinha projectado há uns meses e com o conhecimento do PR o seguinte: o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, abriria a Cimeira dos Oceanos, o que de facto aconteceu, e o Presidente da República, José Maria Neves, faria o seu encerramento.

 

Porém, não se sabe por que carga de água, o senhor Neves declinou o convite do Governo. E diga-se de passagem que a Organização da Ocean Race também convidou o PR, mas este não compareceu!

Tudo isto vem na sequência de outros acontecimentos e atitudes já bem conhecidos por parte do senhor JMN. Isto já não é novidade! Há pessoas que estranham, não se sabe por que motivo . Acontece que, como se tem visto em várias outras ocasiões, o soberbo José Maria Neves tem feito e faz de tudo – directa ou indirectamente – expressa ou veladamente, para embaraçar o Governo. Isto é ainda novidade? E esta de Cimeira dos Oceanos foi apenas mais um caso! Há pessoas que levam o JMN e as suas atitudes com ligeireza. Eu não penso assim!

Não será necessário muita inteligência, para se concluir que o Governo tinha razões de sobras para contar com a participação do PR nessa Cimeira, nomeadamente, destaco aqui dois motivos:o primeiro, aproveitando a presença do secretário-geral das Nações Unidas, porque seria o momento ideal e talvez único para se demonstrar ao mundo que Cabo Verde está unido e firme no que toca aos problemas das alterações climáticas, à necessidade urgente do seu combate, e também para se realçar a voz conjunta e institucional de Cabo Verde sobre as políticas de preservação do ambiente e a oportunidade para se reforçar em conjunto o cumprimento da medida de apoio dos países causadores da poluição aos países que pouco ou nada poluem, medida que beneficiaria o nosso país. Esta foi uma matéria que António Guterres destacou e bem no seu discurso. Sendo as políticas ambientais uma Agenda crucial para Cabo Verde, esta oportunidade seria o momento ideal, com toda a presença da mídea internacional, para que o PR demonstrasse a sua solidariedade institucional a essa Agenda, realçando os graves problemas ambientais que há décadas enfrentamos, a importância de investimentos externos sobre os recursos do mar e da economia azul na nossa economia.

JMN, como PR, perdeu uma oportunidade de ouro, para demonstrar ao mundo e às Nações Unidas, que Cabo Verde está unido, presente e firme no combate à degradação climática, na redução da CO2, e na transição energética, para a introdução de energias limpas que não sujam ou maltratam o ambiente. Porém, o ego pessoal de JMN, o de querer ser “o galo único” no poleiro falou mais alto do que os interesses sagrados de Cabo Verde.

A participação do PR, da forma sincera como a concebemos, em conjunto com a preciosa participação do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres e a presença mais que oportuna do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e do primeiro-ministro de Cabo Verde, o promotor e anfitrião do evento internacional, só poderia ser uma prova que simbolizaria a firmeza, o empenho e a união de Cabo Verde no que diz respeito aos problemas vitais das alterações climáticas, a premente necessidade de se articular uma voz única das políticas de proteção do ambiente, e voz única reforçada na importante luta para que os países mais poluentes concedam recursos de compensação aos que pouco ou nada poluem, como é o caso do nosso país. O que o JMN não quis fazer é, no seu entender e estilo, dar mais brilho e maior visibilidade à Cimeira dos Oceanos e os eventos propalados no mundo inteiro e ligados à Ocean Race de Mindelo.

Pelo contrário, num gesto de mais alto desrespeito para com o povo de São Vicente e de Cabo Verde inteiro, o Presidente da República foi a São Vicente apenas para cumprimentar o António Guterres e António Costa e, fazendo um pouco a triste e ingrata figura do “bebé chorão”. Regressou à Praia sem um pio, fingindo ser surdo e mudo! Porém, não sabe este senhor, que, neste caso, ele não está a ensombrar ou a manchar a imagem do Governo. Está sim a dar costas a Cabo Verde e ao Mindelo, São Vicente! Isto merece um repúdio forte de todos que amam Cabo Verde, não pela pessoa do JMN, mas pelo cargo que ele representa! E seguramente que esta nódoa negra do PR não passou despercebido ao político sereno e inteligente, que é o António Guterres! Deus nos acuda!

Eu já disse e repito sempre: JMN tem vários complexos estranhos e visíveis! O complexo mais visível dele, entre outros, é a demasiada importância que atribui ao seu ego, que é o de se pretender ser sempre a figura única – o pavão da cerimónia – com todas as suas azas a florescer, o maior-iluminado, o foco das luzes, e a mania de nunca perder uma oportunidade para embaraçar o governo e seu primeiro-ministro. Convenhamos, com esse tipo de atitude de um soldado menor, de um inferior complexo estranho, parecendo que não, está a criar um grave problema a Cabo Verde. Ainda ninguém se esqueceu do silêncio inexplicável deste senhor em relação à invasão da Rússia à Ucrânia!

No silêncio da sua meditação, que dirá o António Guterres sobre a birrenta e pouco feliz atitude do PR, JMN? Com esta mesquinhez, o JMN, sem tomar fé, não embaraçou o Governo! De nada! Antes pelo contrário, deu costas, mais uma vez, a São Vicente e a Cabo Verde!



1 COMENTÁRIO

  1. A ciência confirma: quanto mais birra, diabruras maiores as chances de um indivíduo contrair doenças cardiovasculares e homeopáticas. JMJ tem de se decidir, com urgência, se deseja competir ou colaborar este Primeiro Ministro que trabalha muito e, parece isso faz muito mal ao PR. Mais quatro anos de birra, JMJ não terá saúde para postular mais um mandado.

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