Há bem pouco tempo tive oportunidade de participar numa conferência de elevado nível sobre a administração pública. Disse, na ocasião, que a experiência me ensinou a não acreditar muito nas grandes reformas, mas fundamentalmente em coisas mais pequeninas que podem mudar o dia-a-dia dos cidadãos e das empresas.
Coisas pequeninas como por exemplo … responder aos pedidos, responder, repito, dar uma resposta em tempo útil às solicitações das pessoas e das empresas, ainda que seja para dizer “não, infelizmente não pode ser”! “Perder” alguns minutos para entrarmos em contacto com o problema exposto e procurar ir o encontro das preocupações manifestadas é uma obrigação largamente compensada com a satisfação de o cidadão ou empresa saber que a administração (ministros, diretores gerais e chefias intermédias) se preocupa, se interessou pelo seu problema, ainda que não tenha podido resolvê-lo; sente que a administração não é, afinal, um armazém dos pedidos dos cidadãos e empresas! Responder devia ser uma obrigação primeira de todos os dirigentes da administração!
Uma outra coisa pequenina é tão somente justificar-se simples e resumidamente quando a solicitação não é atendida, apresentando razões, os motivos que levaram o serviço a agir desse modo. Só podemos ser convencidos pela explicação! De outro modo somos vencidos pela autoridade!
E não se trata de um problema de leis, mas simplesmente de atitude!
O silêncio, em direito, pode ter (às vezes) valor de indeferimento tácito, mas numa perspetiva de relações com os cidadãos é a expressão mais pura da desconsideração!
Concordo em absoluto com o nosso Embaixador,Dr Eurico Monteiro.
Silêncio é o ‘estado de espírito’ do Tchico Carbadju, depois de, sem querer, ganhar as eleições na Praia. Dez dias após ter-se metido no maior sarilho da vida dele, Tchico não tem ideias, não voz nem ideia sobre como seus projetos vão impactar as vidas de mais de 150 mil pessoas. ‘Sleepy Tchico’ ou ‘Sylent Tchaicow’ saiu de cena, sem antes entrar. No seu lugar temos as papagaidas por conta de um idiota de serviço nome Manuel Rosa que se assume, ora como chefe da Oposição ora como Bobo da Corte, enquanto Janira se prepara para tomar de assalto a CMP. Uma lista de pessoas está em preparação para ocupar lugares-chaves. São militantes impreparados, saídos do Gabinete de Ódio do Paicv que irão governar Praia.
Análise lúcida, como sempre.
Gostei muito das sbias palavras do Eurico Monteiro. Uma chamada de atenção para quantos governam ou dirigem qualquer coisa, quer a nível ´central, quer a nível municipal. Valem, enfim, para todo aquele que está à frente de uma instituição, não importa qual.
Eurico Monteiro muito bem falado palavras claras e verdadeiras. Força estou contigo.
Cabo Verde vai de mal ao pior
Assertivo Dr. Eurico Monteiro. Curto, grosso e claro. Não é a toa que o legislador “inventou”o deferimento tácito para mostrar a incompetência de dirigentes que não respondem em tempo útil às solicitações. Isso mostra como podemos “revolucionar” mudando pequenos hábitos. E sem muitos palavreados. Num texto curto disse tudo que uma reforma precisa de décadas para agir.
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