OGE2023. MCIC desafia intelectuais, escritores, artista e criadores a estarem presente neste momento essencial do debate

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Abraão Vicente lançou este desafio hoje à margem da sua participação na abertura do Festival da Literatura, realizada na Cidade da Praia

Rebatendo as críticas sobre a falta de apoio à literatura, o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, lançou um desafio aos intelectuais, escritores, artistas e criadores Cabo-verdianos a estarem presentes neste momento essencial do debate do Orçamento Geral de Estado 2023, para a Cultura.

Abraão Vicente que falava aos Jornalistas, à margem da sua participação na cerimónia de abertura do Festival da Literatura 2022, hoje na Cidade da Praia, ao ser confrontado sobre esta questão disse querer ver esses atores a se posicionarem alegando que não pode ser não pode ser ele apenas a única voz a reclamar sobre o assunto em questão.

O Ministro alega que o espaço literário em Cabo Verde, assim como na Europa e nos EUA é essencialmente empreendido por autoridades e por instituições privadas, contudo, reconheceu que é preciso mais apoio e frisou que o sucesso dos autores não é dado pela consagração através de apoios de Estado, mas sim pelo sucesso da sua obra.

“Portanto, temos que ser coerentes. Todo o mundo fica em silêncio neste momento que é de debate e após a aprovação todo o mundo apresenta projetos, só que nós temos um recurso limitado, e mais, para mim é sempre dramático ver que quem critica às vezes só vê a sua área”, disse o governante, em declarações reproduzidas pela Agência Inforpress.

Relativamente às críticas, o Ministro ainda disse entender que as críticas são salutares, e por isso toma nota, no qual avançou que algumas merecem respostas e outras não.

“Mas o Ministro tem sido alvo de ataque sistemático de algumas figuras, não porque essas figuras defendem os setores de que falam, mas porque defendem práticas antigas onde recebiam subsídios continuados por parte do Estado, sem transparência e sem uma verificação por parte daquilo que a contabilidade pública é necessária quando se faz política”, confessou.