OMS teme mais mortes em Gaza por doenças do que por bombardeamentos

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Organização Mundial da Saúde afirmou nesta terça-feira, 28, temer que mais pessoas possam começar a morrer de doenças do que de atos de guerra na Faixa de Gaza, devido à propagação de doenças infeciosas no enclave

A propagação de doenças, segundo a porta-voz da OMS, Margaret Harris, pode ser rapidamente fatal para pessoas com o organismo debilitado, sobretudo crianças.

“Começaremos a ver mais pessoas a morrer de doenças do que de bombardeamentos se as necessidades mínimas de saúde não forem novamente satisfeitas”, alertou Margaret Harris.

No início das tréguas, há cinco dias, a OMS efetuou uma avaliação rápida da situação em Gaza e identificou como problemas de saúde mais graves a falta de alimentos, de água e de saneamento.

A OMS constatou também a grave falta de profissionais de saúde, com a consequente ausência de consultas médicas, bem como o amontoado de escombros à volta dos hospitais, que também têm sido utilizados pelos civis como abrigos.

Neste contexto, as doenças respiratórias e a diarreia são motivo de grande preocupação para a OMS, porque uma criança que não receba tratamento, procedimento muito simples numa situação normal, pode morrer numa questão de horas devido à desidratação.

A avaliação dos hospitais revelou uma situação geral muito crítica, também devido à falta de combustível para fazer funcionar o equipamento essencial e à falta de todos os tipos de medicamentos.

Durante os últimos dias da trégua, que termina na quinta-feira, a OMS tem estado a entregar material médico a Gaza, em especial equipamento para tratar os feridos pelas explosões.