Onde vivemos “levamos tensão” ou “abrimos o caminho para a Paz”

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Na Solenidade de Todos os Santos, assinalado hoje, pela Igreja Católica, o Santo Padre convida o mundo a “olhar para dentro de nós e nos perguntarmos” se “somos construtores de Paz”

Durante o Angelus, esta manhã, o Papa Francisco questionou os presentes se são instrumentos de Paz ou desunião.

“Ali onde vivemos, estudamos e trabalhamos, levamos tensão, palavras que ferem, conversas que envenenam, polémicas? Ou abrimos o caminho para a Paz: perdoamos aqueles que nos ofenderam, cuidamos daqueles que estão à margem, curamos alguma injustiça ajudando aqueles que têm menos?” perguntou, para de seguida sublinhar que “isto é construir a Paz”.

Ainda a propósito desta festa, Francisco sublinhou que os Santos e Santas foram pessoas, “cuja vida nem sempre foi perfeita ou linear, nem tinham uma imagem engomada”, mas foram fiéis ao “bilhete de identidade dos Santos”, ou seja às bem-aventuranças de Jesus que “falam de uma vida contracorrente e revolucionária!”

Desarmar o coração

Com atenções para os teatros de guerra, que afetam vários territórios do mundo, o Pontífice sublinhou que para se construir a Paz, “é necessário desarmar o coração”, e mais adiante vincou que “todos nós estamos equipados com pensamentos agressivos e palavras afiadas e pensamos em nos defender com os arames farpados da lamentação e com os muros de cimento da indiferença”, por isso, ajuntou, “a semente da Paz pede para desmilitarizar o campo do coração”.

Antes de concluir o Angelus, Francisco pediu orações pela sua viagem apostólica que o leva, entre quinta-feira e domingo, ao Bahrein, onde irá participar no Fórum para o diálogo entre o Oriente e o Ocidente a favor da convivência humana.
Referiu-se, também, à “martirizada Ucrânia”, em guerra desde 24 de fevereiro deste ano.