A fome aumentou na África Subsaariana em 2017, atingindo 237 milhões de pessoas, segundo um novo relatório das Nações Unidas, que aponta Moçambique como o país lusófono com maior prevalência de subnutrição e assinala progressos em Angola
Segundo o estudo Visão Regional de África sobre Segurança Alimentar e Nutrição, apresentado quarta-feira, 13, na Capital da Etiópia tinha, em 2017, mais 34,5 milhões de pessoas subnutridas do que em 2015, num total de 257 milhões, 20% da população. Destas, 94 por cento vivem na região subsaariana.
Entre os lusófonos, a maior prevalência da subnutrição foi registada em Moçambique com 30% da população nesta condição, seguindo-se a Guiné-Bissau (26%), Angola (12,9%), Cabo Verde (12,3%) e São Tomé e Príncipe (10,2%).
O estudo da FAO e da Comissão Económica das Nações Unidas para África, coloca Angola entre os países que “fizeram progressos substanciais” na redução da desnutrição, tendo cortado 10 ou mais pontos percentuais desde 2004.
A média de crescimento de mais de 4% registada no país entre 2005 e 2016 é apontada no estudo como uma das causas dos progressos alcançados.
Por outro lado, o documento aponta Moçambique como uma das nações mais afetadas pelos choques climáticos, que em 2016 resultaram em défices excecionais de produção e falta generalizada de alimentos.
A FAO alerta que a subnutrição continua a aumentar no continente após vários anos de declínio, ameaçando a meta da erradicação da fome prevista para 2030 nos Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, acordados pela comunidade internacional.
Com Lusa