Operação Cartão Azul: FC Porto acusado de manipulação de resultados desportivos

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Procurador Rosário Teixeira diz que há indícios de entregas de dinheiro a pessoas com “alegada” capacidade para “alterar a sorte do jogo”. O beneficiário será o FC Porto e o dinheiro terá como origem os negócios de compra e venda de jogadores também sob suspeita

No despacho de promoção do Ministério Público que esteve na origem das buscas à SAD do Porto e às casas de Pinto da Costa, Alexandre Pinto da Costa e Pedro Pinho, o procurador Rosário Teixeira levanta uma suspeita sobre eventuais casos de corrupção e manipulação de resultados dos jogos disputados pelo FC Porto.

O magistrado diz que o dinheiro desviado nos negócios de compra e venda de jogadores terá não só entrado “na esfera pessoal” de Pinto da Costa como poderá ter servido para “entregas a favor de pessoas com alegada capacidade de influenciar a sorte do jogo”. Rosário Teixeira diz que estas “despesas” não poderiam ser “documentadas” e por isso foi usado dinheiro que o FC Porto pagou em comissões aos empresários Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente da SAD portista.

O procurador não concretiza as suspeitas e não revela se as “pessoas com alegada capacidade para influenciar a sorte do jogo” são árbitros, jogadores ou treinadores adversários ou quaisquer outros agentes.

O MP suspeita que pelo menos 20 milhões de euros pagos em comissões a empresários de futebol pelo FC Porto foram desviados quer para beneficiar o presidente da SAD portista, quer, aparentemente, para influenciar o resultado dos jogos.

Com Tribuna Expresso e Record